O Itaú Unibanco anunciou nesta quarta-feira a redução de juros para pessoas físicas e pequenas empresas. Para companhias de menor porte, a redução chegou a 66% no cheque especial. O banco informou ainda que seu limite de crédito disponível para emprestar ultrapassa R$ 200 bilhões. O Bradesco também anunciou um corte de juros e ampliação do limite de crédito. Na semana passada, Banco do Brasil e Caixa saíram na frente e reduziram suas taxas.
No Itaú, todos os clientes com conta corrente terão redução de taxas para financiamento de veículos e no crédito consignado para beneficiários do INSS. O corte é válido para as novas operações contratadas nas agências do banco,Tudo isso vale a partir da próxima segunda-feira. No caso do financiamento de veículos, a taxa mínima caiu 8% e passou para 0,99% ao mês. Essa taxa será válida para clientes correntistas há mais de um ano, em operações com 50% de entrada e parcelamento em até 24 meses. Nos empréstimos consignados para beneficiários do INSS a taxa mínima foi reduzida para 0,89% e a máxima, para 2,20% ao mês.
As tentativas de aquecer a economia a partir de taxas de juros menores são nobres, porém tardias. O governo federal deixou as taxas em alta durante um período muito grande, a ponto de causar sérios problemas ao setor produtivo, que há tempos vem denunciando os riscos de manter a velha política de juros. Pois bem, antes tarde do que nunca. Assim, espera-se que as iniciativas não parem por aí e cheguem a outras carteiras de financiamentos, como habitacional e também facilitando o dia-a-dia das próprias empresas.
De nada ou de pouco adianta as taxas de juros começarem a cair agora se tudo isso não fizer parte de uma política macro que inclua essa determinação. Corre o risco de amanhã ou depois o governo, diante de um possível aquecimento do consumo, voltar a elevar as taxas para evitar, por exemplo, a alta da inflação. Ou passa a ser uma política ou é mais uma conversa para boi dormir.