O avanço das redes sociais parece não ter fim. E, como não poderia deixar de ser, um dos maiores expoentes da vida pública, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com algum atraso, até por conta do tratamento contra o câncer a que foi submetido, ele chega ao Facebook. Nesta quinta-feira, ele inaugurou sua página oficial, no endereço facebook.com/lula. No vídeo de apresentação de cerca de um minuto, com um mapa-múndi ao fundo e com destaque para o Brasil, Lula diz que essa nova iniciativa é mais uma forma de contato com as pessoas e uma maneira de reunir todos aqueles interessados em compartilhar esperança e solidariedade na luta por um mundo mais justo. A página de Lula é administrada pelo Instituto Lula. “A internet permite que todos possam ter uma voz, espero que vocês acompanhem por aqui os projetos que estou construindo no Instituto Lula, para ampliarmos a cooperação do Brasil com a África e com a América Latina. E também que opinem, participem, divulguem informações para continuarmos juntos, com a presidenta Dilma, a melhorar a vida de milhões de pessoas no Brasil”, diz o ex-presidente no vídeo, pedindo aos internautas: “Curta a nossa página porque queremos reunir aqui todos os interessados em continuar compartilhando esperança e solidariedade na luta por um mundo mais justo.” A foto principal da página exibe o ex-presidente colocando a faixa presidencial na sua sucessora e afilhada política, Dilma Rousseff. Lula começou oficialmente no Facebook com cerca de 60 mil pessoas curtindo a sua página, em razão da migração do perfil não oficial criado anteriormente por iniciativa de fãs do ex-presidente. Na verdade, a página do ex-presidente faz parte da estratégia utilizada não só pelo PT mas por quase todos os partidos e políticos de se aproximar dos eleitores. Em períodos de campanhas eleitorais, como as municipais que se avizinham, trata-se de uma importante ferramenta para se relacionar diretamento com os eleitores. O problema é que esse tipo de página acaba funcionando como uma espécie de torcida organizada, quase que um clube fechado, onde os mesmos falam para os mesmos. Muitas vezes, maquiando até o verdadeiro sentido das ações. Mesmo assim, é algo que não dá para abrir mão.