A cantora italiana Rita Pavone e a atriz americana Melanie Griffith foram convidadas de honra dessa quinta-feira, 7, da 67ª edição do Festival de Cinema de Locarno, que abriu na quarta-feira, 6. Além do bate-papo com o público, Rita participou da sessão especial do filme Non Stuzzicate la Zanzara, de 1967, que faz parte da homenagem do festival ao ator e diretor italiano Giancarlo Giannini, que ainda recebe o Excellence Award Moet & Chandon no dia 12.
Dirigido por Lina Wertmüller, o longa é estrelado por Rita e Giannini – o primeiro de muitos que o ator fez em parceria com a diretora italiana de origem suíça. Aliás, foi com um filme de Lina, Pasqualino Sete Belezas, que Giannini recebeu indicação ao Oscar de ator em 1977. “Trabalhar com ele foi incrível. Eu era jovem e estava aprendendo muito. Sem contar que a Zanzara é um musicarello (em tradução livre, espécie de musical leve, estilo que marcou época no cinema italiano) delicioso”, disse a cantora, que recentemente lançou uma nova música, I Want You With Me, de Master, seu primeiro álbum inédito em 19 anos.
Já Melanie Griffith é estrela do curta Thrist, que integra a competição oficial do festival. Com direção de Rachel McDonald, o filme conta a história de uma mulher alcoólatra. “Li o roteiro e adorei. E sendo eu uma pessoa que já foi alcoólatra e lutou, e luta, contra isso até hoje, achei que era uma forma de eu botar isso para fora”, declarou a atriz, que foi nomeada ao Oscar por seu papel em Uma Secretária de Futuro, de Mike Nichols. “Não existem papéis menores e mais fáceis, nem mais longos ou mais difíceis. Este era um papel complexo e que exigiu bastante de mim”, completou.
Primeiro dia
Na competição oficial de Locarno, o primeiro dia de exibição foi marcado pela projeção de La Princesa de Francia, do argentino Matías Piñeiro, e de From What Is Before, do filipino Lav Diaz, que, mesmo com mais de 5 horas de duração, foi bem recebido pelo público. Na Piazza Grande, onde ocorrem toda noite sessões a céu aberto para mais de oito mil pessoas, foi exibido Dancing Arabs, do israelense Eran Riklis. Oportuno, o filme faz uso da história de um garoto árabe que cresce em Israel e se torna o único não judeu em um colégio interno de Jerusalém. A REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DA ORGANIZAÇÃO DO FESTIVAL. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.