A estilista Stella McCartney fez uma passagem relâmpago por São Paulo. Ficou apenas 12 horas na cidade para lançar sua segunda coleção em parceria com a C&A. Adepta da moda sustentável, sem crueldade animal, a inglesa, filha de Paul McCartney, usa apenas couro sintético e abomina o uso de peles (para a entrevista, foi recomendado que os jornalistas não usassem peças de couro).
Conhecida por sua alfaiataria com ares masculinos, Stella fala sobre o fast fashion, o processo de produção acelerado que tomou contas dos grandes magazines.
No cerne da sua marca, está a sustentabilidade. Foi possível manter a ideologia na parceria?
Tentei fazer uma coleção que fosse o mais responsável possível e o fast fashion é um ramo em que temos que ter muito cuidado. Sempre fui interessada na mulher que veste as minhas roupas. Sei o quanto é bom usar uma calça bem cortada, com um tecido de boa qualidade, então me certifiquei de que tudo fosse feito por empresas corretas.
Você declarou que gostaria de ver um fast fashion mais devagar. Como isso seria possível?
Acho que esta coleção que fizemos é um ótimo exemplo. São dois mundos se unindo para aprimorar o fast fashion. Eu quis trazer um pouco daquilo que faço, que são peças mais duráveis. Definitivamente, encorajo as mulheres a usarem roupas que foram feitas dez anos atrás, que foram de suas avós, e a combiná-las com coisas novas. É importante não estar tão dentro da tendência e não ser tão consumista.
E a coleção da C&A?
São releituras daquilo que nós acreditamos que é o forte da marca. Nessa coleção, temos coisas boas. Se escolher as peças certas, vai resolver o guarda-roupa por 10 anos!
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.