Aquele tempo em que era preciso correr para chegar em casa ou evitar atender o telefone para não perder o programa preferido na televisão está acabando. O número crescente de produções disponíveis sob demanda em diferentes plataformas tem feito os telespectadores decidirem o melhor horário para assistir ao que gostam.
“Não sou obrigada a ver o que quero no dia em que estão mandando”, diz a atriz Bel Kowarick, que aumenta o grupo de pessoas que faz a própria programação. Ela conta que há distintos fatores que a fazem assistir às séries favoritas em horários alternativos. “Vejo depois que as crianças dormem. Ou pego um domingo à tarde. Adoro fazer maratonas, ver cinco ou seis episódios”, relata a artista, fã de títulos como The Killing, The Good Wife e a britânica Downton Abbey.
Segundo ela, uma das boas razões para assistir à TV sob demanda é poder acompanhar histórias que não estão mais na TV. Este ano, a atriz começou a ver The Americans, cuja primeira temporada passou no FX em maio do ano passado. “Às vezes, demoro um ano para terminar, às vezes uma semana”, explica Bel, que deixou para depois até Felizes para Sempre?, minissérie que terminou na sexta, na qual ela atuou. “O episódio de ontem (5) ainda não vi”, confessou em conversa com o jornal O Estado de S.Paulo, na sexta, 6. Quando está viciada em uma trama, assiste até fora de casa. “Já baixei para ver no tablet, no aeroporto ou na espera no consultório médico.”
A diretora de arte Lee Leyser, de 36 anos, tem comportamento semelhante. “Quando pego ônibus, vejo séries pelo celular, em streaming”, conta. Mesmo quando está em casa, assiste tudo em seu tempo. “Não me preocupo em parar na frente da TV. Minha mãe, de 63 anos, faz isso. Ela se programa. Há dez anos não olho mais a grade”, compara ela, que deixa para ver no HBO Go séries como Girls e Looking. “Elas vão ao ar muito tarde.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.