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Atração do Lollapalooza, Young The Giant encontra a maturidade

Enfim, em Los Angeles – mas por pouco tempo. Ao menos, até o dia de embarcar para São Paulo, pouco antes da apresentação do Young The Giant na nova versão brasileira do Lollapalooza Brasil, marcada para 28 de março. De casa, ao telefone, o vocalista da banda sensação do indie californiano Sameer Gadhia comemora as férias após dois anos marcados pela gravação e lançamento do novo disco, Mind Over Matter, e uma turnê extensa pelos Estados Unidos, com 60 shows por lá, e uma passagem pela Europa, “Cada turnê é difícil, definitivamente, há sempre um grande desafio”, explica Gadhia, longe de romantizar a vida na estrada. “Você fica longe de casa, das pessoas que você ama. Mas, de alguma forma, tocar todas as noites é uma consolação.”

Aos 25 anos, sendo 11 deles dedicados às duas bandas, The Jakes (de 2004 a 2009) e Young The Giant (na ativa desde o fim do Jakes), Gadhia apresenta na conversa com o jornal O Estado de S. Paulo e, no novo álbum, uma maturidade incomum para a idade. “Quanto mais velhos ficamos, mais difícil se torna fazer esse desafio (de pegar a estrada)”, conta.

Após lançar um disco de estreia bastante elogiado, que levava o mesmo nome da banda, em 2010, o Young The Giant chegou três vezes ao top 5 das paradas alternativas com os singles My Body, Cough Syrup e Apartment, e apresentava uma opção mais ensolarada do garage rock nova-iorquino e londrino e linhas vocais mais melódicas, menos esculachadas. Gandhia, definitivamente, sabe cantar, com agudos de fazer inveja a Ezra Koenig, do Vampire Weekend. Para conseguir produzir o sucessor do álbum, contudo, o Young The Giant precisou passar por um processo de redescobrimento como banda, longe do hype e dos holofotes.

Quatro anos se passaram para que o processo de autoconhecimento da banda fosse concluído. “É a mesma coisa que acontece quando você começa a ficar adulto, maduro. Você começa a entender melhor o próprio corpo, sua personalidade e caráter. Não tínhamos tido a chance de encontrar essas características nossas como banda, Estávamos descobrindo o nosso corpo, tentando ficar confortáveis com nós mesmos”, explica.

O resultado, que poderá ser testemunhado no Lollapalooza e em dois side shows do festival, quando a banda abre para o Smashing Pumpkins, em um dos encontros de estilos mais bizarros realizados pela programação do festival – no Rio (Citibank Hall, dia 25 de março) e Brasília (Net Live, 27 de março) -, é uma banda que conseguiu encontrar uma identidade própria, em um passo natural e seguro em direção a uma sonoridade que foge do sol californiano e embarca por caminhos mais sombrios. “Queremos mostrar às pessoas mais do que um set limitado”, explica. “Existem bandas que mantêm a mesma fórmula, Nós, não, queremos evoluir sempre”, acrescenta Sameer Gadhia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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