Coincidência ou não, as premiações de melhor atriz e melhor ator no Oscar deste ano foram um reconhecimento para a atuação de personagens fortes e emocionantes. Com certo favoritismo na noite, Eddie Redmayne e Julianne Moore conquistaram as estatuetas pela interpretação da luta de personagens portadores de doenças degenerativas.
Em A Teoria de Tudo, Redmayne vive o drama do astrofísico Stephen Hawking, portador da esclerose lateral amiotrófica (ELA). Em um discurso emocionado, o ator britânico não somente dedicou o prêmio à família de Hawking, mas “a todas as pessoas ao redor do mundo que lutam contra a ELA”.
No entanto, o reconhecimento da atuação de Redmayne na biografia do cientista veio antes. O ator também conquistou a premiação da Academia Britânica de Artes Cinematográficas (Bafta) e o Globo de Ouro, na categoria Drama. No Oscar, ele conseguiu derrotar o frenesi por trás de Birdman – o grande campeão da noite com quatro estatuetas, incluindo a de melhor filme – e Michael Keaton, agraciado com premiações no Globo de Ouro, na categoria Comédia e Musical, e no Sindicato dos Atores.
No caso de Julianne Moore, a estatueta pode ter sido quase um alívio para a atriz, que finalmente conseguiu levar um prêmio da Academia norte-americana. Julianne já havia sido nomeada outras quatro vezes: por Boogie Nights – Prazer sem limites, em 1998; Fim de Caso, em 2000; e por ambos papéis em As Horas e Longe do Paraíso, em 2002.
Longe de ser um prêmio de consolação, a atriz foi aclamada pela crítica na atuação de Para Sempre Alice. No longa, ela interpreta a linguista Alice Howland, diagnosticada com Doença de Alzheimer. Assim como Redmayne, Julianne dedicou a estatueta aos portadores da doença degenerativa. Julianne também foi reconhecida no Globo de Ouro, na Bafta e em outras premiações do ano.