Quem vê a guarulhense Rita Maria, de 34 anos, como apresentadora de TV, falante, desinibida e maquiada não imagina que por trás do personagem existe uma pessoa tímida e muitas vezes insegura. O GuarulhosWeb, conversou com a apresentadora e empresária que contou sobre sua infância, carreira e sonhos.
Brincadeira de criança
Moradora da Vila Progresso, Rita conta que sua infância foi como de qualquer outra criança dos anos 80. Segundo a apresentadora as bonecas nunca foram o alvos das brincadeiras “como tenho dois irmãos meninos o que predominava em casa eram as pipas, bicicleta, bolinha de gude, carrinhos. As bonecas mesmo ficavam pros meus irmão brincarem de cabeleireiros, eles viviam cortando o cabelo delas” divertiu-se.
Ela lembra que nesta época morava no bairro Macedo, em frente a uma praça onde costumava subir em muros, em arvores e jogar taco “só brincadeira de mocinha comportada” disse em tom de brincadeira.
O despertar para a profissão
Rita explica que a comunicação sempre esteve presente em sua vida, porém por muito tempo passou despercebida. Segundo o ídolo de Rita, sua mãe “Dona Dora”, sempre que uma visita chegava em sua casa, Rita se escondia, o motivo era a timidez que não permitia que ela se socializasse “E acredite, eu sou tímida. Além disso, sou geminiana, com ascendente em gêmeos e pra quem não sabe esse é o signo da comunicação, então era meu destino”, explicou.
Quando era adolescente gostava de ler revistas que traziam alguns testes, entre eles um chamou a atenção da garota, era um teste vocacional. No resultado sugeria algumas opções como advocacia, psicologia e jornalismo. “Quando li jornalismo, acendeu a luz na cabeça e eu pensei: "boa! Jornalista não tem rotina. Hoje está na mansão, amanhã na favela. Está aí o que vou fazer da minha vida"
Na época o sonho era ser jornalista investigativa. “Televisão não estava nem nos meus sonhos mais remotos, nunca imaginei que algum dia me veria através dela” ,relembrou.
Rita lembra que quando saiu do ensino médio ainda não tinha certeza de que queria ser jornalista, era um passo muito importante para ser tomado e então decidiu esperar mais um pouco. “Talvez se tivesse saído do ensino médio e ido direto pra faculdade pudesse ter descober-to mais cedo ou não, dizem que tudo acontece a seu tempo, não é?”, explicou. Porém afirma: “hoje tenho absoluta certeza de que nasci para comunicar, é isso que faz a minha alma feliz”.
Guarulhos
Desde 2005 Rita trabalha na cidade como apresentadora do programa de TV Ponto de Vendas. na TV Destaque. Em sua carreira já apresentou o programa de variedades Entre Elas e um telejornal.
Hoje ela apresenta o programa Viver Melhor. “Nós temos a proposta de falar sobre qualidade de vida, mas que não se restringe aos exercícios e alimentação apenas. Já que pra Viver Melhor é preciso mais do que isso”, explicou.
Rita também faz apresentações para uma editora da cidade e é empresária de uma produtora em parceria com um amigo. Juntos eles produzem vídeos para empresas com conteúdos, entretenimento, institucionais, varejo e outras vertentes. Além de prestar serviços de comunicação para uma empresa de consultoria financeira. “E não pense que trabalho muito, tem sempre espaço para mais e eles são sempre bem vindos” ,divertiu-se.
Sonhos
“Profissionalmente quero me estabelecer como uma referência na comunicação”, explicou. Já no lado pessoal, ela diz que pretende se conhecer mais a cada dia. “Como eu costumo dizer: Saiba o quanto antes quem você é e o que você pode. Assim ninguém te segura. E uma das coisas que muito me atrapalhou na vida foi justamente a falta de confiança em mim. Por isso acredito que autoconhecimento é tudo”, completou.
Desde que começou na profissão, Rita já fez diversas entrevistas e contou que a mais emocionante foi quando apresentava o telejornal. “Fiz uma matéria sobre uma senhora que precisava de cuidados médicos e já há muito tempo estava em cima de uma cama e tinha adquirido umas feridas. O local estava apodrecendo e, segundo os familiares, ela não conseguia auxílio ou ambulância que fosse removê-la. Eu fiquei bem impressionada com a situação”, lembrou.
Porém Rita explica que nesta carreira nem tudo está ligado a tristeza e matérias de grande repercussão. Segundo ela, dá tempo ainda para se divertir trabalhando. “Uma entrevista que não foi de emoção, mas de tiete mesmo, foi como grupo ExaltaSamba. Eu sempre fui fã, então entrevista-los foi bem bacana”.
