Cantor e compositor que fundou a seminal banda de rock Legião Urbana, Renato Russo, que morreu em 11/10/1996, completaria 55 anos nesta sexta, 27.
Vítima de complicações decorrentes da aids, Renato tinha apenas 36 anos, mas já havia inscrito seu nome na história do rock nacional. Ele ocupava a 25.ª posição na Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira da revista “Rolling Stone”, em outubro de 2008. Homossexual assumido desde os 18 anos, ele jamais confirmou estar com a doença.
Com a Legião, Renato Russo, que nasceu no Rio, deixou oito álbuns de estúdio, cinco ao vivo e alguns lançados postumamente, além de vários contos, entre outros escritos.
Gravou também três discos solo e cantou com Erasmo Carlos, Cássia Eller, Herbert Vianna, Adriana Calcanhoto, Paulo Ricardo, Leila Pinheiro, Biquíni Cavadão, 14 Bis e Plebe Rude, entre outros. Uma das mais bem-sucedidas bandas do País em 14 anos de atividade, a Legião vendeu mais de 25 milhões de discos.
Em 1973, Renato e sua família foram morar em Brasília, e lá, em 1978, ele formou a banda Aborto Elétrico, na qual mostrava sua predileção pelo punk inglês. São desse período músicas como “Tédio”, “Que País É Esse?” ou “Veraneio Vascaína”.
Foi em homenagem ao inglês Bertrand Russell e aos franceses Jean-Jacques Rousseau e Henri Rousseau, que Renato Manfredini Júnior adotou o sobrenome artístico Russo e se tornou um mito para várias gerações de fãs da Legião, que o veneram como a um deus.
Sua trajetória inspirou filmes como “Faroeste Caboclo” (2013), dirigido por René Sampaio, e “Somos Tão Jovens” (2013), de Antonio Carlos da Fontoura. Em relação ao filme de Fontoura, fica claro que a “música de Russo esteve presente em fases agudas da história recente do Brasil e a comentou. Mesmo os que pensam que não conhecem sua música, acabam por reconhecê-la, pois em muitos momentos ela se tornou uma trilha sonora do País, tão em crise quanto o músico”, como afirma o crítico do jornal O Estado de S.Paulo Luiz Zanin Oricchio.
À frente da Legião Urbana, Renato Russo e sucessos como “Pais e Filhos”, “Eduardo e Mônica”, “Geração Coca-Cola”, “Tempo Perdido”, “Eu Sei”, entre outros, viraram objeto de culto de fãs de todas as idades.