Variedades

Criolo, Pitty e Frejat são destaques do 14º João Rock

Quem percorreu mais de 300 quilômetros de São Paulo a Ribeirão Preto, pôde assistir a um bom festival de música na noite de sábado, 13. Criolo, Frejat, Skank, Capital Inicial, Pitty, CPM 22, Detonautas e Raimundos se apresentaram no João Rock e provaram que os bons e velhos medalhões da música nacional ainda atraem multidões. Mais de 45 mil pessoas compareceram ao Parque Permanente de Exposições, segundo a organização do evento.

Apesar da boa aparelhagem técnica do Palco João Rock, o principal, e do Palco Universitário, onde tocaram nomes como Mato Seco, Brothers Of Brazil, Urbana Legion, Dead Fish, Gabriel O Pensador e Móveis Coloniais de Acaju, o festival enfrentou um grande problema: os atrasos dos shows.

Programado para as 19h30, os mineiros do Skank só subiram ao palco por volta das 20h45, horário que a atração seguinte, o Capital Inicial, já deveria estar em ação. Frejat só começou seu show às 19h30, uma hora depois do estipulado pelo cronograma.

Primeira grande atração da noite, Criolo, que se tornou conhecido graças ao álbum Nó na Orelha, fez um espetáculo recheado de músicas do disco Convoque Seu Buda, de 2014. “Paz e justiça sempre”, disse o rapper assim que subiu ao palco.

Embalado por clássicos do Barão Vermelho, Frejat pôs no palco uma mescla de romantismo e energia contagiante. Exagerado, Bete Balanço e Maior Abandonado fizeram o público cantar em coro. Ao lado do filho Rafael Frejat na guitarra, ele homenageou o amigo Cazuza e lembrou Cássia Eller em Malandragem. “Essa música que vou cantar agora ficou famosa na voz da Cássia. Eu a escrevi com o Cazuza. Quero que vocês cantem comigo”, pediu, no que foi prontamente atendido.

O Skank abriu o show no João Rock com muito gás. Clássicos não faltaram, de É Uma Partida de Futebol, passando por Vou Deixar, a Sutilmente, a banda liderada por Samuel Rosa trouxe um set list equilibrado e sob medida para prender a atenção dos fãs. “Vamos tornar esta noite inesquecível, Ribeirão Preto”, berrou o vocalista. Além dos hits, Samuel Rosa, Henrique Portugal, Lelo Zaneti e Haroldo Ferretti tocaram várias canções de Velocia, primeiro disco de inéditas dos mineiros em seis anos.

O Capital Inicial, que veio em seguida, manteve o pique, com Dinho Ouro Preto elogiando o João Rock e a cidade. “Ribeirão Preto é hoje a capital do rock. É o maior festival de rock do País. Essa cidade é incrível”, afirmou, mobilizando a plateia. Na bagagem, hits como Música Urbana e Veraneio Vascaína deram um tom mais politizado à apresentação. “Algum político de Brasília representa vocês? Eu quero ouvir. Renan Calheiros? Eduardo Cunha? Fernando Collor? Dilma Rousseff?”, esbravejou Dinho. Um lance diferente durante o show do Capital Inicial: o repórter do CQC, da Band, Lucas Salles, aproveitou a oportunidade para pedir a noiva Camila Colombo em casamento. Nesse clima romântico, a plateia foi ao delírio.

Já eram mais de 23h30 quando a baiana Pitty começou a cantar Setevidas, do disco homônimo, de 2014. Hits como Semana Que Vem e Máscara empolgaram o público.

Na sequência, Detonautas e Raimundos encerram os trabalhos no Palco João Rock. Os shows terminaram por volta das 3h.

Ao completar 14 anos, o Festival João Rock se consolida como um dos grandes eventos de música do País, tendo registrado em sua trajetória encontros históricos como o de Caetano Veloso e Os Mutantes, em 2007, e o de Jorge Ben Jor e Malu Magalhães, em 2009.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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