Variedades

Prefeitura oficializa a Film Comission de SP

Diretores como Tata Amaral e Pedro Morelli participaram nessa quarta, 30, na Prefeitura de São Paulo, da coletiva de lançamento da São Paulo Film Comission. Os secretários Nabil Bonduki, da Cultura, Gabriel Chalita, da Educação, e o diretor-presidente da Spcine, Alfredo Manevy, presentes ao ato, anunciaram também o fortalecimento do circuito exibidor da entidade. O prefeito Fernando Haddad reafirmou seu compromisso com o audiovisual em São Paulo.

Tata Amaral interveio para lembrar que toda sua obra se passa na cidade. De tudo o que filmou, apenas cinco dias tiveram locações fora de Sampa, e foram em…. Santos. A questão sempre foi a dificuldade para viabilizar e agilizar filmagens. Havia muitos guichês que os interessados tinham de seguir, pegando autorização em cada um deles. A criação da São Paulo Film Comission unifica os guichês e insere a capital no roteiro internacional de locações. “Nova York possui sua Film Comission desde os anos 1950 e até quem nunca esteve na cidade conhece suas locações e é capaz de identificar cenários. Queremos fazer a mesma coisa com São Paulo”, disse o secretário Bonduki.

Alfredo Manevy destacou que a criação da Film Comission não apenas facilita a vida de artistas e profissionais, que agora podem conseguir liberar licenças num prazo de dois a cinco dias. “Também estabelece custos que variam de acordo com o projeto. Existem ficções, documentários, filmes sem orçamento, publicidades. Um filme sem orçamento não pode pagar a mesma coisa que uma publicidade caríssima.” O anúncio feito pela manhã reverberou à noite, quando o Prefeito usou a inauguração da sala de cinema do CEU Butantã para assinar o decreto da Film Comission, que, nesta quinta, 31, já estará no Diário Oficial. “São Paulo perdeu dezenas, centenas de filmagens na última década por ser uma cidade impossível de filmar. Estamos liberando esse espaço público como fizemos com o carnaval”, reforçou Bonduki. Tão importante como o anúncio da criação da Film Comission foi o do reforço do circuito exibidor. “A Prefeitura está investindo R$ 7,5 milhões, o custo de um longa, para viabilizar 20 novas salas que serão inauguradas até o final de maio”, segundo Manevy.

São salas de CEUS e de outros equipamentos culturais urbanos. Vão levar o cinema a uma população desassistida pelo circuito comercial. A sala Olido, no Centro de São Paulo, atualmente fechada, será reinaugurada em 11 de maio, com novo sistema digital. Nos CEUS, as sessões realizadas durante três dias por semana, serão gratuitas. Nos demais espaços, os ingressos serão vendidos a preços inferiores aos do circuito. “A programação não visa excluir, mas integrar. Teremos filmes infantis, brasileiros, blockbusters”, disse Manevy. Ele mostrou a vinheta criada por Alê Abreu, diretor de O Menino e o Mundo, e que será apresentada antes de cada sessão no circuito Spcine. O projeto, enfatizou o Prefeito, transforma a Prefeitura no segundo circuito exibidor da cidade, após a rede Cinemark. “Queremos formar público, democratizar o cinema.” A expectativa, quando o circuito de 20 salas estiver completo, é oferecer 200 sessões semanais, logrando, por baixo, um público de 960 mil espectadores/ano.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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