Variedades

New Orleans Jazz tem pela frente mais quatro dias

Os trompetes em New Orleans são como as bolas de futebol no Brasil. Eles aparecem a cada esquina, em cada praça, nas mãos de craques que não têm mais do que 12, 13 anos. A cidade que mais produz músicos e grupos de jazz no mundo vive a temporada de seu maior festival. O New Orleans Jazz & Heritage Festival, que fez sua abertura na sexta passada (22), tem pela frente mais quatro dias de uma programação a se prestar atenção. Alguns dos mais de 500 artistas que terão passado pelos doze palcos serão comentados além das fronteiras da Louisiana em breve. Outros já são tubarões.

A Tedeschi Trucks Band vai ter como convidados, na tarde de abertura, os guitarristas texanos Jimmy Vaughan, irmão mais velho do inominável Stevie Ray Vaughan, e Billy Gibbons, o barbudo do ZZ Top. Os estilos de blues que se encontrarão no palco configuram a promessa. Susan Tedeschi é uma guitarrista precisa e nervosa, com um belo timbre de voz. Seu marido, Derek Trucks, deve dividir com Roy Rogers o posto de um dos maiores dos que já tocaram slide guitar até hoje (com o perdão dos fãs de Johnny Wynter). Juntos aos convidados, devem provocar uma experiência explosiva.

Edgard Radesca e Herbert Lucas, respectivamente empresário e programador da casa de shows Bourbon Street, em São Paulo, fazem do festival a fonte principal para a programação do Bourbon Fest e do Festival de Paraty. Esse último anunciou suas datas e atrações na terça-feira (26). Entre 20 e 22 de maio, a cidade do Rio realiza sua 8.ª edição com nomes como Eumir Deodato, Romero Lubambo com Dianne Reeves; The Bad Plus com Joshua Redman; Anthony King com Ms. Monet & Tony Lindsay e o violonista Chico Pinheiro. Os shows, gratuitos, são realizados na Praça da Matriz. “Podemos encontrar na hora atrações para tentar levar ao Brasil”, conta Radesca, que atua como uma espécie de caça-talentos pelas ruas de New Orleans e pelas tendas do festival.

A grade de programação aponta duas homenagens que devem ser lembradas no histórico do festival. No domingo, o palco Gentili vai mostrar um tributo a BB King, morto em maio de 2015, feito pelos músicos que o acompanharam por mais de 30 anos e alguns “convidados especiais”. Antes disso, o mesmo espaço recebe os acompanhantes do pianista Allen Toussaint, morto em novembro de 2015, prometendo uma apresentação à altura do homem que se tornou uma lenda em vida, sobretudo na jurisdição de New Orleans. Ainda sobre homenagens, a Tony Halls New Orleans Soul Stars vai lembrar de James Brown na sexta, no palco Congo Square.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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