Quando Paralamas do Sucesso subiu ao palco principal do Rock in Rio, em 1985, levou consigo os holofotes da música brasileira para o novo rock tupiniquim, que nascia e crescia entre os jovens daquela geração. Guardadas as devidas proporções, é a vez de o Boogarins, maior banda independente do Brasil na atualidade, sentir o gostinho de flertar com o pop.
O grupo nascido em Goiânia, há quatro anos, estreia em um Rock in Rio e, tal qual os Paralamas, com destaque na programação. Benke Ferraz (guitarra), Fernando Dinho Almeida (voz e guitarra), Raphael Vaz (baixo) e Ynaiã Benthroldo (bateria) encerram as atividades do Palco Vodafone, dedicado à descoberta de novas bandas, nesta sexta, 20, às 20h, com dois discos na conta e críticas positivas até em jornais internacionais como The New York Times e The Guardian.
“O Rock in Rio é emblemático, e, mesmo com esse viés mais pop, a programação desse palco é atenta ao circuito mais comum dos festivais indies”, informa ainda Benke, prestes a estrear na versão lisboeta do festival. Na sexta, o Boogarins será antecedido por Pista e The Sensible Soccers.
Desde o lançamento do segundo disco, Manual ou Guia Livre Para a Dissolução dos Sonhos, em 2015, a banda já passou por Estados Unidos e Europa, realizando 60 shows. Em junho e julho, farão uma temporada em Austin, no Texas, para iniciar as gravações daquele que será o terceiro álbum da trupe. Manual, garante Benke, ainda vai “girar” em mais shows antes da chegada do terceiro álbum.
“Há uma conexão muito forte do público português com a gente aqui”, ele diz, sobre o retorno a Portugal. “O mercado de música underground funciona bem aqui em Portugal, tão bem quando o mainstream. Temos mais chances de nos tornarmos uma banda pop aqui do que no Brasil.”
O REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DA ORGANIZAÇÃO DO FESTIVAL
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.