Embora a ideia de sediar os Jogos Olímpicos no Brasil nunca tenha sido uma unanimidade – e as críticas tenham se acirrado, em função da crise, nos últimos tempos -, o tão esperado momento chegou. A cerimônia de abertura será nesta sexta, 5, às 19 horas, e quem assistiu ao ensaio geral garante que os cineastas Fernando Meirelles e Daniela Thomas e a dublê de bailarina e coreógrafa Deborah Colker montaram um espetáculo para ficar na história. O País vive em tempo de Olimpíada e o cinema integra-se ao mo(vi)mento.
A Sala Cinemateca é sede, desde quinta, 4, do projeto Memória do Esporte Olímpico Brasileiro. Desde 2011, uma comissão formada pela produtora Elisa Tolomelli, a diretora Lina Chamie, o roteirista Heber Moura e o crítico Newton Cannito avaliou 600 projetos e selecionou 47. São obras que resgatam e documentam a memória do esporte olímpico brasileiro, centradas na trajetória dos esportistas. Quando o Barão de Coubertin resolveu resgatar, na era moderna, o ideal do espírito olímpico grego, sua ideia era justamente celebrar o esforço humano e, quem sabe, promover o conceito de um mundo sem fronteiras, unido pelo esporte. O esforço humano celebra-se em cada disputa. Já a universalidade…
Os 47 documentários podem ser vistos online – www.memoriadoesporte.org.br/documentários -, mas também estarão, até 14, em sessões diárias na Cinemateca. A 5.ª edição somou sete documentários ao acervo do projeto, que já inclui obras de diretores como Cacá Diegues (No Meio do Caminho Tinha Um Obstáculo, sobre a ligação do cavaleiro Rodrigo Pessoa com seu cavalo Baloubet du Rouet), Murilo Salles (Reinaldo Conrad – A Origem do Iatismo Vencedor) e Laís Bodanzky (Mulheres Olímpicas). Entre os novos filmes estão A Luta de Um Homem Só, sobre as batalhas de Diogo Silva dentro e fora dos tatames, e 800M, sobre a amizade de atletas míticos como Joaquim Cruz, Zequinha Barbosa e Agberto Guimarães.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.