Variedades

Obra histórica do compositor é revisitada em box com três discos

Recém-lançada, a caixa Cartola – Todo Tempo Que Eu Viver agrupa, em três discos, a obra que o compositor produziu entre 1967 e 1976. Incluídos no box, os dois primeiros discos de sua carreira, de 1974 e 1976 – no seu álbum de estreia, ele já tinha 65 anos -, foram lançados graças à chancela da Discos Marcus Pereira (que agora pertence ao acervo da gravadora Universal). À época, já fazia um bom tempo que Cartola havia sido redescoberto por Sérgio Porto, conhecido como Stanislaw Ponte Preta, no fim da década de 50, como lavador de carros em Ipanema.

No projeto, os dois LPs históricos, remasterizados, vêm com arte e textos originais. Em seu primeiro álbum, Sérgio Cabral escreveu: “Aos 65 anos de idade, Cartola mostra neste disco a razão pela qual é uma legenda e uma lenda do samba”. Já era feito de clássicos como Disfarça e Chora, O Sol Nascerá (A Sorrir) e Alvorada. O segundo disco traz na capa a foto emblemática de Cartola com a mulher, Dona Zica, e outras grandes composições, como O Mundo É Um Moinho, Preciso Me Encontrar e As Rosas Não Falam.

Em Todo Tempo Que Eu Viver, há ainda o disco Tempos Idos, uma compilação de todas as músicas gravadas pelo mestre, um dos fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, em discos de outros artistas e projetos especiais, entre 1967 e 1975. São os chamados lados B de Cartola, que incluem uma seleção de sambas da Mangueira com Clementina de Jesus e Elizeth Cardoso, em Todo Tempo Que Eu Viver, Pranto de Poeta, Mangueira, entre outras.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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