Cult na TV com seu programa de culinária no Canal Brasil, o Larica Total, Paulo Tiefenthaler veio, como se diz, comendo nas bordas no cinema. Fez papéis de coadjuvante. O Roubo da Taça é seu primeiro protagonista.
Qual a sensação de ser melhor ator em Gramado?
Estava achando ótimo o filme estar no festival e aí começou o falatório. Fica que você pode ganhar. Estou na novela (Haja Coração). Voltei para o Rio, para gravar, e retornei a Gramado. Vi o filme do Domingos (Oliveira), Barata Ribeiro. Achei que o Caio Blat ia ganhar. Desencanei. E aí ganhei. Foi ótimo.
Houve muita improvisação?
Eu improvisava muito no Larica. Caíto (Ortiz, o diretor) escreveu um roteiro sólido, a gente ensaiou, coloquei minhas rubricas. Então, improvisar mesmo, não improvisei muito. Algumas cenas. Aquela fala Dissolve (a taça) com carinho é minha. Caíto adorou. A liberdade estava na encenação. Tínhamos um grande steadycam, um francês que Caíto importou. A gente fazia um balé no set. Achei bacana. Está no filme.
Você é protagonista, ganhou prêmio e tudo, mas Taís (Araújo) é poderosa. Como se estabeleceu a química entre vocês?
Foi muito rápido, Taís é sensacional. Ela queria muito fazer o filme. Vestiu a Dolores (personagem). Já chegou com aquele poder nos ensaios. E eu fui junto. Foi muito gostoso.
Coadjuvante, nunca mais?
Cara, tô adorando essa história toda, mas nunca pensei que meus papéis de coadjuvante fossem menores. No Trinta, por exemplo. Cada personagem tem sua história, é ótimo ser protagonista, mas se o papel é pequeno e bom, que mal tem?
Saudades do Larica?
Foi muito legal. Eu fazia loucuras naquela cozinha. Já foi. Tenho outros projetos no canal (Brasil). Espero que deem certo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.