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Fama cresceu quando Esperanza Spalding irritou os fãs de Justin Bieber

“Quem é Esperanza Spalding?” Se não sabiam, os garotos e as garotas passaram a conhecer. Em 2011, a baixista norte-americana desbancou o queridinho teen Justin Bieber na maior premiação da música pop. A Academia do Grammy decidiu laurear a então garota de 26 anos na categoria de melhor artista revelação em vez de conceder o gramofone dourado ao jovem autor do hit Baby.

À época, Esperanza não era tão nova artista assim. Além de já ter ultrapassado a metade da década dos 20, ela tinha lançado seu terceiro álbum. Chamber Music Society havia saído em 2011 e foi com ele que a artista conseguiu estourar a bolha na qual havia sido incluída. De cantora e musicista de jazz, ela conseguiu, enfim, chegar ao pop. O álbum era um passo para dentro do pop, o resultado de um caminho que começou a ser trilhado em Junjo, o álbum de estreia, de 2006, e mais evidente em Esperanza, de dois anos depois.

Ela chegou ao terceiro lugar nas paradas específicas de discos de jazz – Chamber Music Society, veja só, já liderava a Billboard Top Jazz e figurava em 34.º lugar na parada geral, um feito enorme para alguém que até pouco tempo era da turminha do jazz.

“A minha identidade, a minha paixão sempre foi o jazz”, explica a cantora, que, em seu quinto álbum de estúdio, pega emprestada a liberdade da improvisação do jazz e leva ao encontro de uma espécie de rock progressivo – se é que isso é possível.

Conceitual e, ao mesmo tempo livre, Emilys D+Evolution não é considerado o passo mais ousado da carreira de Esperanza por acaso. Ele também segue na contramão da sonoridade de Radio Music Society, o disco com o qual ela não foi capaz de se segurar no pop, apesar de ter se esforçado esteticamente para isso. Emily, a personagem que dá título ao álbum, é também uma resposta a isso. Uma figura perdida entre sons, partindo para a composição na intuição. E esse caminho seria completamente diferente caso Bieber tivesse ganhado aquele Grammy en 2013. Quem sabe Esperanza ficasse no jazz. E, talvez, Emily nunca tivesse existido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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