Um voo da Califórnia até Salvador. Outro da capital baiana até Lima, no Peru. Por fim, um dia e meio depois, entre aviões e aeroportos, Jane Penny e o restante da banda canadense TOPS (cuja grafia é essa mesma, com todas as letras em caixa alta) chegaram a São Paulo. No horário paulistano, 9h da manhã significava para a garota, ainda no horário de Los Angeles, onde mora atualmente, 4h da madrugada. A vocalista da trupe canadense, ainda assim, tinha forças para rir e atender ao telefone do hotel onde se hospedou, na zona leste da cidade. “Acho que é porque estamos muito felizes em tocar pela primeira vez no Brasil”, diz a nativa de Montreal.
O TOPS estreia em território nacional com uma turnê de quatro apresentações. O grupo se apresentou na última sexta-feira, 4, na versão curitibana do Secret Festival. Em São Paulo, no festival de mesmo nome – as atrações e o local dos shows só são anunciados aos poucos -, a banda se apresenta neste domingo, 6, no Vila São Paulo (Rua Visconde de Parnaíba, 2.910, Brás), com ingressos a R$ 90. A programação paulistana terá Terno Rei (às 17h), Mahmundi (18h), Charly Coombes (18h45), Carne Doce (19h30), TOPS (20h30) e Luman Craft (21h30). O outro show em São Paulo será na novíssima casa Breve (Rua Clélia, 470, Pompeia), na quinta-feira, 10, novamente ao lado da banda paulistana Terno Rei, com ingressos a R$ 40. Um dia antes, na quarta, 9, a banda se apresenta em Porto Alegre.
“Sabemos que precisamos tocar aquelas músicas que as pessoas mais querem ouvir”, avalia Penny, que, no palco, estará acompanhada dos integrantes da banda, David Carriere (guitarra) e Riley Fleck (bateria), e um quarto músico convidado, Jackson Macintosh, da banda Sheer Agony, também de Montreal. “Vamos também mostrar algumas músicas novas. Sempre gostamos de perceber as reações do público diante de músicas que eles nunca ouviram.”
O TOPS prepara o terceiro álbum do trio, ainda sem nome, mas que será lançado no ano que vem. Sucessor de Picture You Staring, de 2014, foi gravado na garagem da casa do baterista da banda, que é norte-americano. “Gravamos e produzimos tudo, como nos discos anteriores, mas, agora, acho que sabemos mais do que estamos falando”, diz ela. “Desta vez, fizemos cada música diferente da outra.”
Acostumada a ouvir comparações para definir sua música, Jane se diverte. Certa vez, disseram que o som deles soava como Steely Dan com os vocais da banda eletrônica Broadcast. Ela ri. “Para facilitar, digo que somos uma banda pop.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.