Morte volta a crescer em SP e interior se fecha

Depois de três semanas seguidas registrando quedas no número de mortes pelo covid-19, o Estado de São Paulo teve ontem o segundo pior recorde de mortes em 24 horas desde o inicio da pandemia em março: 417 mortos. O número só é menor que os 434 do dia 23 de junho. Além disso, mais 12 mil pessoas contraíram o coronavírus – o terceiro pior índice em um único dia. Os números são da Secretaria estadual da Saúde. Ao todo, o Estado chegou a 18.324 mortes e 386.607 casos confirmados da doença.
A média móvel de mortes no Estado, que considera a média dos óbitos em sete dias, ficou em 353 registros. É um aumento de 44% em relação à média registrada na terça-feira anterior, dia 7, e de 46% em relação à média de 30 de junho. Em números gerais, o recorde de mortes no Estado em um único dia foi registrado em 23 de junho e foi de 434 óbitos.

No interior do Estado, o movimento ontem era de outra ordem: cidades que foram autorizadas a migrar para a fase laranja do Plano São Paulo – com reabertura das atividades econômicas -, como Piracicaba, Rio Claro e Sorocaba, decidiram manter as restrições, ante um cenário ainda incerto. As prefeituras levaram em conta situações locais, como a falta de leitos em UTI, aumento no número de óbitos e o risco de a redução no isolamento aumentar o número de casos.

"O número de pacientes internados no Estado é de 15.289, sendo 9.116 em enfermaria e 6.173 em UTIs, , conforme dados das 10h30 da manhã de hoje", informou, por nota, a Secretaria Estadual da Saúde. Estão ocupados 66,2% dos leitos de UTI. O número de internações também bateu recorde e foi de 15.289 pessoas.

Os casos no interior seguem sendo principal foco de atenção das autoridades de saúde. Uma das decisões, ontem, foi mandar mais respiradores mecânicos para várias cidades. Outra, um protocolo que coloca o Hospital de Campanha do Ibirapuera como opção para o recebimento de pacientes das cidades da região de Piracicaba onde a ocupação média de leitos nas UTIs era de 84%, contra média estadual de 66%.

<b>Monitorando</b>

O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, epidemiologista Paulo Menezes, disse que a preocupação é com a falta de vagas na região. "Vamos monitorar a situação por toda a semana para ver se há melhora", explicou.

O comitê formado pela prefeitura de Piracicaba recomendou que, devido à elevação no número de casos, a cidade deve permanecer na fase vermelha. Somente nesta segunda, a cidade registrou mais sete mortes pelo vírus, totalizando 130 óbitos. Em Rio Claro, agora com 52 óbitos, a prefeitura optou por manter fechado o comércio não essencial. A prefeitura de Votorantim decidiu que a cidade continua na fase vermelha pelo menos até sexta-feira, acompanhando a decisão de Sorocaba. Em Santos, a prefeitura ameaça recuar para a fase vermelha, caso se repitam as aglomerações na orla ocorridas no último fim de semana. A cidade tem 11.670 casos e 408 mortes pelo coronavírus.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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