No próximo domingo, dia 26, a “Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood” anunciará os vencedores do cobiçado “Oscar” que, este ano, deverá consagrar o musical “La La Land – Cantando Estações”, do diretor Damien Chazelle, favorito nas categorias “Melhor Filme” e “Melhor Direção”. Com o maior número (quatorze) de indicações na história do prêmio, “La La Land” pode triunfar, também, em diversas categorias técnicas, além de render o Oscar de “Melhor Atriz” para a adorável Emma Stone, e o de “Melhor Canção” para a irresistível “City of Stars”, uma homenagem à capital mundial do Cinema, a efervescente Los Angeles.
Concorrem duplamente aos Oscars de “Melhor Filme” e “Melhor Direção”: o elogiado “Moonlight – Sob a Luz do Luar”, do diretor Barry Jenkins (favorito na categoria “Roteiro Adaptado”); o denso “Manchester à Beira Mar”, de Kenneth Lonergan; o anti-bélico “Até o Último Homem”, dirigido pelo astro e outrora vencedor Mel Gibson; e o impactante “A Chegada”, bela ficção científica do diretor Denis Villeneuve. Completam as indicações na categoria “Melhor Filme” o thriller “A Qualquer Custo”, o emocionante “Lion – Uma Jornada Para Casa”, o envolvente “Estrelas Além do Tempo”, e o teatral “Um Limite Entre Nós”, baseado na premiada peça “Cercas”, que pode conferir o Oscar de “Melhor Ator” ao seu consagrado diretor, o veterano Denzel Washington.
Para conquistar o 3º Oscar de sua carreira, Denzel Washington precisará suplantar o favorito dos críticos na categoria “Melhor Ator”, o polêmico (e nada talentoso) Casey Affleck em “Manchester à Beira Mar”. Sem chances, completam a lista de indicados o excelente Viggo Mortensen (no surpreendente “Capitão Fantástico”, injustamente ignorado na categoria “Melhor Filme”), o novato Andrew Garfield (Até o Último Homem), e o pianista Ryan Gosling, que também canta e dança como o protagonista romântico de “La La Land”.
Interpretando uma aspirante à atriz em “La La Land”, e cantando a melódica “Audition (The Fools Who Dream)”, Emma Stone divide o favoritismo ao Oscar de “Melhor Atriz” com a excepcional Isabelle Huppert (no francês “Elle”) e a já vencedora Natalie Portman (a viúva Primeira Dama Jacqueline Kennedy em “Jackie”). Também disputam o prêmio a novata Ruth Negga (no drama interracial “Loving”) e a veterana Meryl Streep (Florence: Quem é Essa Mulher?), recordista absoluta de indicações, conquistando sua impressionante 20ª nomeação.
Sem nenhuma surpresa, o mais aguardado momento da cerimônia de entrega do “Oscar” deste ano será a entrega do prêmio de “Melhor Atriz Coadjuvante” para a imbatível Viola Davis, por sua visceral interpretação em “Um Limite Entre Nós”. Certamente aplaudida de pé, ela irá derrotar as talentosas Naomie Harris (Moonlight – Sob a Luz do Luar) e Michelle Williams (Manchester à Beira Mar), e as outrora vencedoras Octavia Spencer (Estrelas Além do Tempo) e Nicole Kidman (Lion – Uma Jornada Para Casa).
Ao contrário da categoria “Atriz Coadjuvante”, o prêmio mais disputado da noite será o Oscar de “Melhor Ator Coadjuvante”, com um leve favoritismo para o elogiado Mahershala Ali (Moonlight – Sob a Luz do Luar). No entanto, os talentosos Dev Patel (Lion – Uma Jornada Para Casa) e Michael Shannon (Animais Noturnos) não devem ser ignorados, assim como o já vencedor e veterano Jeff Bridges (o irascível xerife de “A Qualquer Custo”) e o garoto Lucas Hedges (Manchester à Beira Mar).
Em protesto contra o Presidente norte-americano Donald Trump, a noticiada ausência à cerimônia deste ano do diretor iraniano Asghar Farhadi indica “O Apartamento” como o favorito ao Oscar de “Melhor Filme Estrangeiro”, posição esta até então consolidada pelo bizarro “Toni Erdmann” (Alemanha). O engraçado “Um Homem Chamado Ove” (Suécia), o excelente drama de guerra “Terra de Minas” (Dinamarca) e o exótico aborígene “Tanna” (Austrália) completam a lista de indicações.
Na categoria “Melhor Animação”, “Zootopia” é o franco favorito ao prêmio, derrotando “Kubo e as Cordas Mágicas”, “Moana – Um Mar de Aventuras”, o francês “A Tartaruga Vermelha” e o suíço “Minha Vida de Abobrinha”. Com impressionantes sete horas e 47 minutos de duração, o documentário “O.J. – Made in America” se tornou o mais longo filme a ser indicado para um “Oscar”, e é o favorito na disputa de “Melhor Documentário”, concorrendo com os elogiados “A 13ª Emenda”, “Eu Não Sou Seu Negro”, “Life, Animated” e o italiano “Fogo no Mar”.
Na disputa pelo Oscar de “Melhor Canção”, as favoritas músicas de “La La Land – Cantando Estações” serão interpretadas pelo cantor (e também ator) John Legend. O astro pop (e também ator) Justin Timberlake defenderá a dançante “Can’t Stop the Feeling!” (Trolls), enquanto que o mito Sting apresentará “The Empty Chair”, composta por ele para o documentário “Jim: The James Foley Story”. A última concorrente é a bela “How Far I’ll Go”, do desenho “Moana – Um Mar de Aventuras”, interpretada por Auli’i Cravalho e o prestigiado na Broadway Lin-Manuel Miranda.
Disputando a audiência brasileira com os desfiles de Carnaval, a 89ª cerimônia de entrega do “Oscar 2017” será realizada no “Dolby Theatre”, em Los Angeles (também conhecida como “La La Land”), e comandada pelo comediante Jimmy Kimmel, que certamente irá enaltecer o grande número de artistas negros indicados, em contraponto com a criticada ausência dos mesmos no ano passado. A expectativa de inúmeros discursos políticos contra o Presidente Donald Trump certamente será a “cereja do bolo” da festa deste ano.