Nas passarelas da 43ª edição da SPFW, que acontece entre os dias 13 e 17 de março na Bienal de São Paulo, é notável o aumento do número de modelos negros. Na Ellus, por exemplo, das 68 pessoas que entraram na passarela para apresentação a coleção de 45 anos da grife, 13 eram negros.
Mas, mesmo com a diversidade crescendo nos desfiles, o número de brancos ainda é maior. Para Luiza Brasil, jornalista e ativista do movimento negro, esse aumento ainda não é o ideal. “A participação de modelos negros aumenta a cada edição. Isso é muito positivo”, disse, acrescentando que a presença dos negros precisa aumentar em todas as áreas da moda, e não só nas passarelas.
“Em tempos de transformação do mercado nacional, o ideal é que esse espaço não seja só na casca. Já está ficando clara a imagem do negro como capa de revista e na publicidade”, explicou Luiza. “O debate ganha evolução quando vai além do imagético. É importante a representação do negro na cadeira produtiva como um todo. Nas equipes de estilo, produção de moda, geração de conteúdo…”