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Zona portuária do Rio vai ganhar mais um museu

O Museu Marítimo do Brasil, que ficará na faixa de terra sobre a Baía de Guanabara hoje ocupada pelo Espaço Cultural da Marinha, na zona portuária, centro do Rio, irá tratar em suas exposições de outros assuntos ligados ao mar, para além da história da Marinha Brasileira.

O projeto foi divulgado nesta quarta-feira, 5, pelo almirante José Carlos Mathias, diretor do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha. Será o terceiro museu que a região ganhará em quatro anos, desde que foram inaugurados o Museu de Arte do Rio e o Museu do Amanhã.

Inaugurado há 21 anos, o centro cultural conta a história da Marinha do Brasil e tem como atrações a Galeota D. João VI, construída em 1808 e usada por imperadores, e a Nau dos Descobrimentos, réplica feita para as comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil, em 2000.

O ponto é também o de partida para passeios pela Baía de Guanabara. O público visitante é de cerca de 16 mil pessoas ao mês. Por conta das obras na região, que transformaram a degrada Praça Mauá numa nova atração turística carioca, o espaço da Marinha está com as áreas expositivas fechadas há três anos.

A construção emula o estilo colonial. Já o novo prédio, desenhado pelos arquitetos Bernardo e Paulo Jacobsen, terá formato de navio, com revestimento em aço cortén. O interior será “inteiramente revitalizado para se adequar aos novos usos”, conforme divulgado nesta quarta. A estimativa é que o projeto custe entre R$ 45 milhões e R$ 50 milhões, que serão captados junto a empresas públicas e privadas.

A proposta é que o conteúdo do Museu Marítimo seja mais abrangente do que os vistos usualmente nos museus navais, de cunho militar, e oceanográficos, que se atêm à vida marinha. A área total será de 6.516 metros quadrados.

“A navegação, as pesquisas científicas, as variadas manifestações místicas e religiosas, a presença humana, portos, faróis, a indústria da pesca, a indústria naval, tudo o que for relativo ao mar e aos rios brasileiros será objeto de interesse de exposições no Museu Marítimo”, explicou o almirante Mathias.

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