É a terceira viagem de Michael Bay ao Brasil – nesta quarta, 12, ele já estará regressando aos EUA. Chegou na sexta e passou o fim de semana em São Paulo. Jogou golfe. E, na segunda à noite, participou da estreia do novo longa da série Transformers. O Último Cavaleiro estreou na América com críticas demolidoras. Bay, o cineasta que os críticos amam odiar, está mais interessado no público. A série, que chega ao quinto filme, faturou US$ 4 bilhões com os anteriores. É dinheiro que não acaba mais.
Bay veio acompanhado da jovem atriz (15 anos) Isabela Moner. Deram na terça-feira, 11, uma entrevista coletiva no Hotel Unique. Isabela conseguiu o papel – de uma garota que se integra ao grupo de Cade/Mark Wahlberg para salvar Autobots – entre 500 candidatas de todo o mundo. “Ela enviou um vídeo que gravou em casa, na própria cama, com um lençol amassado. Foi, de longe, a mais convincente das candidatas.” Isabela lembrou sua primeira cena. “Ele perguntou se eu sabia usar um extintor de incêndio. Disse que achava que sim. Ele me pediu para apagar aquele fogo ali – e era um incêndio de verdade.”
Nessa era de streaming e novas tecnologias, Michael Bay é um resistente. Faz filmes para o público dos cinemas. Tem consciência de que as salas estão encolhendo e o público jovem busca outras plataformas. “Muitos filmes são convertidos para Imax ou 3D. Eu fiz Transformers – O Último Cavaleiro com uma supercâmera desenvolvida por mim.” Refletindo sobre a própria carreira, o diretor pode dizer que formatou o conceito de blockbuster de verão. Ele gostou de viajar no tempo na trama de O Último Cavaleiro – o filme começa na batalha decisiva do rei Arthur. “O desafio é sempre fazer maior e manter o público interessado, mas, para isso, eu tenho de me interessar primeiro.”
Apesar desse fascínio pelo grande, Bay diz que cada filme tem seu tamanho. Ele já fez filmes menores, dos quais gosta, e não tem problemas em desenvolver projetos para televisão. Último Cavaleiro termina em aberto – a trama gira em torno de resgatar Optimus Prime do lado escuro da Força que o faz se voltar contra a Terra -, o que promete novos filmes da franquia, mas Bay diz que não vai dirigi-los. “Quero ter tempo para novos projetos.” Por falar neles, vai fazer Bad Boys 3? “Há dez anos, tentamos fazer esse filme. Já está virando Old Boys”, brincou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.