Como é possível dançar debaixo de um sol escaldante de 33ºC?
Talvez essa seja a questão de um milhão de dólares. Ou libras, no caso do britânico SG Lewis, escalado para abrir as atividades no palco Sunset, às 15h, desta sexta-feira, 15.
Produtor vindo de Liverpool, a terra dos Beatles, na Inglaterra, Lewis é uma daquelas apostas de Zé Ricardo, o curador do palco dado às misturas sonoras. Acompanhado de outros dois músicos – e, por vezes, de uma cantora -, o inglês enfrentou o inimigo mais implacável do festival.
Mesmo sem um disco lançado, SG Lewis constrói sua carreira como a nova dinâmica da música exige. Músicas soltas, EPs e compactos produzem o burburinho necessário em torno do artista.
O sol, esse astro implacável, mostrou sua força no início da tarde, afugentando curiosos que, porventura, poderiam se interessar pelas camadas eletrônicas delicadas, criadas para levar o ouvinte numa viagem tranquila. Debaixo daquele calor e luz toda, contudo, sobrou para poucos fortes e bravos a missão de ficar diante do palco.
Dançaram, esses poucos, de olhos fechados e sorriso no rosto já avermelhado e queimado, ao som de músicas como Holding Back, por exemplo. Fritaram. E não no sentido usado por amantes da música eletrônica para explicar a viagem que a música de batidas cíclicas provoca. Fritaram como um ovo numa frigideira, mesmo.