Variedades

Gal Gadot está à vontade com os holofotes

Naquele dia 4 de novembro, um sábado gelado de outono, a garoa umedecia as ruas da capital da Inglaterra, e Gal Gadot estava em pé, fora da cama do hotel onde foi hospedada pela Warner Bros., a partir das 7h. Três horas depois, já de vestido preto pouco acima da altura do joelho, cabelos longos bem escovados e presos em um rabo de cavalo, a atriz de 32 anos e mãe de duas filhas estava pronta para o segundo dia de entrevistas organizadas para falar sobre Liga da Justiça, a sua terceira vez como a Mulher-Maravilha nos cinemas – cuja estreia no Brasil está prevista para a quinta-feira, 16. Faria a função até o fim daquele dia, quando ocorreria em Londres a pré-estreia do longa que, pela primeira vez, reúne o time de super-heróis do qual fazem parte a personagem dela, Batman, Superman, Flash e Ciborgue.

Ainda que seu currículo não seja tão extenso quanto do colega e ganhador do Oscar Ben Affleck, que interpreta Bruce Wayne/Batman no longa, é ela quem monopolizava os pedidos de entrevistas exclusivas dos jornalistas do mundo inteiro convidados para participar do lançamento do filme responsável por estabelecer, de vez, o que é chamado de Universo Cinematográfico da editora de quadrinhos DC Comics, rival da Marvel e seus poderosos Thor, Homem de Ferro e Capitão América.

Isso porque Mulher-Maravilha, o filme de Patty Jenkins lançado somente em junho deste ano, tem um papel fundamental. Foi o primeiro sucesso de crítica e público, depois das tentativas frustradas com O Homem de Aço, de 2013, e Batman vs Superman: A Origem da Justiça, do ano passado, no qual Gal já roubava a cena na tela, mesmo com uma participação menor, e no interesse do público e da imprensa. Vinda de Israel, ela ainda mostrava dificuldade em se expressar em inglês. Era ex-integrante do exército e ex-Miss Israel. De início, Gal já se mostrou a melhor das escolhas de Zack Snyder, então dono do domínio criativo daqueles filmes todos interligados. “Zack tem uma paixão e uma devoção muito grande por esses personagens e por esse universo”, diz a atriz, sobre o também diretor, que deixou a produção de Liga da Justiça no fim em decorrência de uma tragédia familiar (leia mais abaixo) e foi substituído por Josh Whedon, anteriormente empregado do rival Marvel Studios.

Logo que soube que ganhou o papel, ligou para um amigo radialista de Israel. Queria uma playlist com músicas que pudessem inspirá-la a se tornar a heroína que salvaria a DC nos cinemas. Sua Mulher-Maravilha foi abastecida por melancolia, veja só, de Radiohead e The Cure.

Tendo encontrado a reportagem durante a divulgação das duas encarnações anteriores de Mulher-Maravilha nos cinemas, Gal está mais tranquila. “Não que se torne mais fácil”, ela justifica a postura tranquila, mesmo ciente de ser, atualmente, o centro das atenções do estúdio, dos fãs de HQs e, é claro, dos jornalistas. Às vésperas da estreia de Mulher-Maravilha, Gal machucou as costas. Não cancelou a agenda de entrevistas e ainda as fez grande parte em pé. “Mas, aos poucos, você se acostuma com isso. É importante fazer com que as pessoas saibam sobre o filme e, definitivamente, me sinto mais confortável nesse papel.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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