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Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade foram considerados para Nobel de 1967

Um documento divulgado no início do ano pela Academia Sueca mostra os escritores brasileiros Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade numa lista de “finalistas” do Prêmio Nobel de Literatura de 1967. Os arquivos da instituição são divulgados apenas 50 anos depois da escolha.

A lista também mostra escritores aclamados, porém nunca premiados com o Nobel, como Jorge Luis Borges e Graham Greene. O vencedor de 1967 foi o escritor guatemalteco Miguel Ángel Asturias.

Na ocasião, a Academia elogiou o trabalho de Asturias “por seu feito literário vívido, fortemente baseado nos traços nacionais e nas tradições dos povos indígenas da América Latina” – é curioso notar que uma descrição muito parecida poderia ter sido atribuída à obra de Amado.

O nome do escritor baiano foi sugerido pela União Brasileira de Escritores, pela Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, e por professores das universidades do Texas, da Columbia e de Vanderbilt, nos Estados Unidos. O nome de Drummond foi sugerido pelo poeta sueco Gunnar Ekelöf (1907-1968).

Um tuíte da conta oficial do Prêmio Nobel afirma que o Comitê de Literatura não entrou acordo naquele ano – o presidente sugeriu o nome de Greene, e outros membros queriam dividir o Prêmio entre Borges e Asturias.

Dos nomes na lista divulgada pela Academia Sueca, Yasunari Kawabata levaria o Nobel em 1968; Samuel Beckett no ano seguinte; Pablo Neruda em 1971; Eugene Montale em 1975; Saul Bellow em 1976 e Claude Simon em 1985.

O autor britânico nascido na África do Sul, J. R. R. Tolkien, conhecido pela série “O Senhor dos Anéis”, estava entre os 70 nomes da lista. Entre outros nomes conhecidos por aqui, também figuravam Georges Simemon, Ezra Pound, Edmund Wilson e Alejo Carpentier. Cinco mulheres também estavam na disputa: Marie Luise Kaschnitz, Katherine Anne Porter, Anna Seghers, Judith Wright e Lina Kostenko.

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