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ESPAÇO AAPAH – Sobre o professor Plínio Paulo Braga

Plínio Paulo Braga nasceu em Guaratinguetá, no final do século XIX, filho de D. Zulmira Braga e Sr. Ignacio Braga. Na infância já demonstrava sua aptidão para os estudos, fora sempre um aluno brilhante. Estudou na Escola Complementar de Guaratinguetá, fez parte da primeira turma de professores formados pela instituição, em 1906. 
 
O Inicio de sua carreira foi em Ilhabela, posteriormente mudou-se para outra escola no litoral, fora convidado para lecionar em São Sebastião. Profissional dedicado destacou-se no quadro docente como professor exímio, Plínio era muito querido entre os alunos. No entanto, foi no interior paulista que sua carreira tomou outros rumos, na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, em 1915 fora convidado a exercer o cargo de diretor do primeiro Grupo Escolar da cidade.
 
O decreto de 12 de janeiro de 1915 trouxe publicado:- "Foram removidos os seguintes diretores de grupos escolares: Plinio Paulo Braga, do de S. Sebastião, para o de Santa Cruz do Rio Pardo". 
 
A primeira escola estadual em Santa Cruz do Rio Pardo começou a funcionar em 1º de fevereiro de 1915, tendo como primeiro diretor o Prof. Plínio Paulo Braga. A inauguração oficial, com grandes festividades, foi no dia 13 de maio de 1915, com a presença do Secretário do Interior, do Diretor Geral, acompanhado do Inspetor Regional, Prof. José Carlos Dias. 
 
Plínio era muito religioso, católico praticante fundou em Santa Cruz a Sociedade Beneficente de São Vicente de Paulo, também exerceu o cargo de organista na igreja matriz da cidade, realizava trabalhos assistenciais, juntamente com sua esposa, Dona Primitiva de Oliveira Braga, também professora. Foi correspondente da Revista Modernista Arlequim, participante dos movimentos culturais, organizou o grupo escotista da região, escrevia poemas e era um grande orador. Plínio nunca deixara de lecionar, abriu uma escola particular em sua residência.
“Os professores públicos Plínio Braga – Diretor do Grupo Escolar, e José Martins – Professor da mesma Instituição, lecionavam particular, na residência, e tal prática era legalmente permitida. “ Fonte: Jornal O Contemporaneo, Ano III – nº 1030. 
 
Em 1920, Plínio é chamado para exercer o cargo de delegado de Ensino na Região de Catanduva. Alguns anos depois pelo reconhecimento de seu trabalho é nomeado delegado de ensino na capital, na gestão do Dr.Antenor Romano Barreto exerceu as funções de assistente geral no departamento da educação, nesta época publica juntamente com o professor Máximo de Moura Santos, Cadernos do Programa Escolar, nas matérias de aritmética, geometria e linguagem.
 
Em 1958, o professor Plínio Paulo Braga falece, seu ex aluno, o professor Sólon Borges dos Reis que na época era presidente do Centro do Professorado Paulista, dirigiu ao Secretario de Educação um ofício para que o homenageassem in memorian , deixando o mesmo como patrono de uma escola no município de Guarulhos. O pedido é acatado e em 1958 o antigo Grupo Escolar do Taboão, passa então a se chamar Professor Plínio Paulo Braga. 
 
Bibliografia
"Galeria de patronos de escolas (26): Professor Plínio Paulo Braga. Jornal dos Professores, São Paulo, p. 7, nov. 1983."
 

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