Joe Mount bem que avisou. Tudo o que sai de sua cabeça tem na origem pensamentos de Outkast, David Bowie, Daft Punk e alguns grupos dos anos 80. O homem que faz tudo no Metronomy tocou sob o forte sol que o abatia de frente no palco Onix, no meio da tarde deste domingo, 25.
O Metronomy, seu nome não poderia ser mais sugestivo quando se ouve a linearidade rítmica de quase tudo o que faz, tem uma baterista de pegada leveas firme, Anna Prior; um baixo de potência grave de Gbenga Adelekan; e uma parede de efeitos e climas eletropop saindo dos teclados de Oscar Cash e Michael Lovett. De origem britânica, o grupo de 1999 tem seu esquenta mais recente feito pelo álbum Summer 08.
Há estranhezas ali, um conceito de pop eletrônico que não deixa tudo ser dançante o tempo todo. Poderia ser uma banda de hits se sucumbisse em alguns compassos, se não migrasse o estado de espírito de suas canções o tempo todo. Mas é esse o DNA de um grupo que cita David Bowie como referência. Nada é tão fácil quanto parece no início nem tão complexo quanto se sugere no final.