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Síndrome do 3º mandato

Tanto no governo federal como na prefeitura de Guarulhos, o PT – em seu terceiro mandato consecutivo – demonstra o total descaso com os interesses da população. Nos dois casos, a tragédia administrativa devido à falta de habilidade política e capacidade gerencial. Dilma Roussef só está onde está graças a seu padrinho político, o ex-presidente Lula, que a conduziu pela mão. No município, não foi diferente. Sebastião Almeida chegou ao poder como a continuidade de um ex, que – graças a política do pão e circo tão propagada pelo PT – não deixou boas lembranças.


Em apenas um semestre, o governo Dilma já está envolvido em uma série de escândalos, que culminaram com a queda de dois ministros.  Antonio Palocci, apontado como todo poderoso do PT, caiu deixando muita lama para trás, repetindo os problemas que o levaram a demissão quando era ministro de Lula.


Neste mês, outro nome ligado ao ex-presidente, Alfredo Nascimento, deixou o Ministério dos Transportes, após denúncias de corrupção que vem há vários anos dentro do Planalto, numa demonstração de que o malfeito está enraizado no poder federal.   


Em Guarulhos, apesar de tantas evidências de desvios, como no caso Água e Vida, ninguém caiu, devido até a falta de habilidade e interesses da imprensa local. Mas as denúncias seguem na fila da Justiça Federal, onde o PT tenta postergar o máximo possível as punições.


O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), tão utilizado pela campanha de Dilma, não avançou neste ano. Os investimentos são escassos, comprovando o caráter eleitoreiro. Nesta semana, mais uma vez, uma importante obra, o Trem de Alta Velocidade, sofreu um grande revés. Nenhuma empresa se apresentou como interessada no processo licitatório. Isso ocorre pela falta de credibilidade do governo federal. São investimentos externos que deixam de vir devido à incompetência e corrupção.


Em Guarulhos, é a mesma história. Obras paradas, entregas atrasadas, descaso com a saúde da população e até mortes de crianças em nossos hospitais.


Isso tudo poderia ser creditado à continuidade administrativa de um partido? Não. A maior prova é o trabalho desenvolvido no Governo do Estado, em que o PSDB se mantém à frente há mais de 15 anos. O governador Geraldo Alckmin dá um exemplo do que é governar para todos e não apenas para os companheiros de partido, sem sectarismos.


No Estado de São Paulo, o objetivo é atender bem a população, independente das cores partidárias. Como deve ser. Nos governos petistas, aos companheiros, tudo. Aos demais, o resto.


 


Carlos Roberto de Campos


Empresário, deputado federal e presidente do Diretório Municipal do PSDB, escreve às sextas-feiras nesta coluna.

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