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A força do associativismo

Na semana passada tive a oportunidade de participar do 21º. Congresso da Confederação das Associações Comerciais do Brasil – CACB. Foi um evento grandioso, na cidade de Salvador, que comemorou os 200 anos de fundação da Associação Comercial da Bahia, a primeira do Brasil.


Hoje são mais de 2.400 associações comerciais no Brasil, representando mais de dois milhões de empresas associadas. Sem receber qualquer ajuda de governos ou subsídios obrigatórios, nas associações comerciais participam empresários de todos os segmentos econômicos e portes. A maioria são micro e pequenas empresas, cujos empresários de forma espontânea e voluntária decidem participar de suas entidades locais, com o objetivo de conjuntamente defender os interesses da classe empresarial.


Durante o evento, verificamos o avanço do Programa Empreender em diversas cidades do Brasil e que agora está sendo exportado para outros países. Realizado em parceria das ACEs com o SEBRAE, o projeto visa reunir empresas do mesmo segmento econômico para discutir seus problemas e encontrarem soluções que aumentem a competitividade e fortaleçam a atividade empresarial.


Foi muito destacada a pressão realizada pelas lideranças das entidades empresariais que resultou na ampliação do limite da Simples Nacional e do teto do Empreendedor Individual, cujo acordo foi assinado na semana passada pela presidente Dilma. Com isso, haverá uma pequena redução da carga tributária das empresas. Claro que ainda é muito pouco, pois além da redução dos tributos, precisamos diminuir a burocracia para deixar o empresário gastar o seu tempo em inovações, boas idéias, prestação melhor de serviços e não desperdiçá-lo com o atendimento as exigências absurdas dos governos municipais, estaduais e federal. Porém foi uma ótima sinalização da presidente, que mostrou estar atenta aos pleitos de milhões de micro e pequenas empresas.


Debatemos muito as perspectivas da economia para os próximos meses e a posição confortável do Brasil para enfrentá-la. O sinal de alerta é para a paralisia do governo federal devido as freqüentes denúncias de malfeitos nos ministérios. Todo empresário sabe que se a equipe não remar para o mesmo lado, o resultado não aparece!


Neste congresso trocamos muitas experiências com outras lideranças que serão aproveitadas em nossas ações na ACE-Guarulhos e no Alto Tietê. É por meio das entidades que observamos, participamos e cobramos as soluções de nossos problemas. Estes empresários já percebem a importância das associações comerciais e estão fortalecendo o associativismo em todo o Brasil.


 


Wilson Lourenço 


Vice-Presidente da RA-3 da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)

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