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A diferença entre a doença de Lula e a doença da alma

Sábado quando recebi a noticia da doença de Lula, por intermédio de um amigo, tive uma mistura de sentimentos que passou primeiro pela preocupação e que terminou na confiança.


Sim, porque Lula teve durante toda sua vida uma sucessão de obstáculos e desafios que foram vencidos com sua coragem e determinação. Penso que agora, enfrentando sua doença, não será diferente.


Refletindo sobre a predestinação deste pernambucano, agora em meio ao seu diagnóstico e, mesmo sem querer, ainda será capaz de transformar seu problema num elemento que provocará polêmicas, descortinará preconceitos e selará novos paradigmas sobre o nosso futuro.


Talvez seja essa predestinação que tanto incomoda uma grande parte de nossas elites e, mais particularmente alguns leões de chácara que se utilizam da mídia para atacar.


Gilberto Dimenstein escreveu em sua coluna virtual na Folha que se envergonhava do câncer do Lula ao se referir a centenas de postagens desrespeitosas e desumanas que demonstravam prazer com o fato, ou que sugeriam que Lula se tratasse no SUS – numa falsa solidariedade com os mais pobres. Infelizmente, o Brasil também tem sua minoria intolerante e preconceituosa.


Mas o que nos alenta é saber que a maioria dos brasileiros é de fato solidária, tolerante e grata a um governante que mudou a história política do país.


A imensa maioria dos brasileiros estará em prece e orações por Lula. Esses ataques apenas servirão para fortalecer os laços de reconhecimento do povo a um projeto que mudou a perspectiva da Nação.


Não tenho dúvidas de que com episódios desse tipo é que veremos mais uma vez a união do povo brasileiro.


Os rancorosos de plantão que se comportam como abutres procurando atacar os mais indefesos certamente recuarão diante das milhões de vozes que se erguerão em defesa de Lula.


O tiro sairá pela culatra mais uma vez.


 


José Luiz Guimarães


Vereador (PT) e líder do Governo na Câmara. Escreve às quintas-feiras nesta coluna

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