A Prefeitura de Guarulhos, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, programou para entre os dias 7 e 10 de fevereiro, no Adamastor, a realização das primeiras oficinas públicas para iniciar o debate democrático e participativo sobre a revisão do Plano Diretor.
O processo em torno da elaboração do novo Plano Diretor, cuja última revisão foi feita em 2004, significa um momento ímpar para toda a sociedade guarulhense discutir os rumos e as diretrizes para o crescimento e desenvolvimento de nossa cidade.
Tem sido notório o crescimento vertiginoso de Guarulhos, principalmente nos últimos anos. Nestes novos tempos de bonança nacional, em quase todos os segmentos econômicos e sociais, nossa cidade tem ocupado papel de destaque em relação a outras cidades da região metropolitana.
Guarulhos encontrou seu eixo. A constatação disso é o fato de estarmos atraindo investimentos privados, seja na área da construção civil, impulsionando o mercado imobiliário; seja nas áreas industrial e comercial, com a expansão ou o surgimento de novos negócios.
Mas esse cenário econômico positivo apresenta desafios ao poder público; desafios estes que deverão ser enfrentados com políticas publicas adequadas e investimentos em infraestrutura bem planejados. Neste sentido, rever nosso Plano Diretor deve ser de fato uma tarefa de todos.
Os sindicatos, as entidades comerciais e empresariais, as igrejas, universidades locais, e os vereadores, entre outros, deverão ter papel fundamental no debate sobre que tipo de cidade queremos para o futuro. Para onde queremos crescer? Qual segmento empresarial é mais interessante instalar-se na cidade? Quais obras viárias e de infraestrutura necessitamos no futuro? Como potencializar a presença do aeroporto e das rodovias para o desenvolvimento da cidade? Qual o papel de Guarulhos para a região Metropolitana e para o Alto Tiete? Como tornar nossa cidade mais sustentável ambientalmente? Como equacionar os problemas de mobilidade urbana com crescimento populacional?
Talvez o nosso maior desafio seja superar as tentações de querer resolver as coisas mais imediatas, de curtíssimo prazo, deixando assim de ter um olhar mais profundo, com uma característica mais abrangente do ponto de vista do espaço, do tempo e do futuro da cidadania.
José Luiz Guimarães
Vereador (PT) e líder do Governo na Câmara. Escreve às quintas-feiras nesta coluna