Artigos

Mães merecem muito mais que assistencialismo barato

 


Neste domingo em que comemoramos o Dia das Mães, antes da escolhermos qualquer presente, é importante pensar em homenagens mais perenes, que possam traduzir a grandeza da maternidade e nosso verdadeiro agradecimento pelo presente da vida. Estamos cheios de exemplos de medidas assistencialistas que não acrescentam muita coisa ao verdadeiro valor destas mulheres. A criação da “bolsa cegonha”, por meio da qual a gestante recebe R$ 50,00, em duas parcelas, para o transporte durante os nove meses de pré-natal, ou a distribuição de bônus  entre R$ 10 e R$ 30 aos beneficiários do bolsa família, com crianças até seis anos, não  parecem medidas suficientes para prestigiar as mães em uma data tão simbólica.


Acredito que a homenagem mais bonita às milhares de mães brasileiras, caracterizadas pela luta diária na sustentação da família e pela administração das múltiplas tarefas exigidas pelo mundo moderno, seria a criação de políticas públicas verdadeiramente voltadas às mulheres. Medidas como a criação de linhas de crédito imobiliário para famílias carentes chefiadas por elas, assim como a ampliação do número de creches e de profissionais da saúde para o atendimento materno e infantil são muito bem vindas. Mas, também há que se pensar em políticas de desenvolvimento humano, com benefícios reais como a ampliação da licença-maternidade, que proporciona maior tempo de amamentação; aplicação do planejamento familiar em comunidades carentes; abertura do mercado de trabalho para mães, geralmente preteridas por sua condição; além de oportunidades salariais equivalentes a dos homens.


Mais que isso, falo em independência. Não se pode acreditar que a pura distribuição de “bolsas” possam tirar mães e crianças da miséria sem que existam ações complementares para que as famílias saiam da tutela do Governo. O que vemos é um grande esforço do Governo Federal em manter e ampliar essa dependência. O PT transformou essa ferramenta de distribuição de renda,concebida pelo PSDB com outros objetivos, em um mecanismo de barganha eleitoral.


Um exemplo claro são os mega eventos promovidos pela Prefeitura de Guarulhos para o recadastramento no bolsa família. O prefeito Sebastião Almeida não hesita em subir ao palco, de microfone em punho, para exaltar os “benefícios do programa” e contabilizar as ações da presidente Dilma Rousseff, equivocadamente batizada de “mãe do PAC”. Equivocada primeiramente porque o PAC não é um esforço inovador criado para modernizar a infraestrutura nacional como é vendido aos brasileiros. O PAC nada mais é do que uma maquiagem feita nos impostos pagos por nós, contribuintes, e pelas empresas estatais ao governo.


Assim como o título de criadora e gestora do PAC, é equivocado também o título de “mãe dos brasileiros”. A presidente Dilma é, no máximo, uma madrasta, que trata muito mal seus enteados ao acobertar as mazelas de um governo corrupto e ao usar o dinheiro público em troca de apoio político, seguindo o fisiologismo implantado pelo ex-presidente Lula, que deu origem ao mensalão, o maior escândalo de corrupção visto na história do País.


Acredito que todas as mães brasileiras gostariam de receber como presente neste domingo o compromisso de um governo sério e responsável, que tenha como principal objetivo a qualidade de vida da população e a distribuição de oportunidades, ao invés de “bolsas”. Um governo com visão de futuro e comprometido com o Brasil. Por entender como é possível atingir esses objetivos, deixo aqui meu desejo de um feliz dia das mães a todas as mulheres que, mesmo diante de tantas adversidades, não economizam esforços para expressar um dos mais nobres dos sentimentos, o amor materno.


 


Carlos Roberto de Campos
Empresário, suplente de deputado federal e presidente do PSDB Guarulhos

Posso ajudar?