Para resgatar a história de mais de 60 anos do prédio de Oscar Niemeyer que abriga, desde 1969, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, a instituição abre nesta terça-feira, 8, uma nova exposição que visa a integrar seu acervo com atividades realizadas em seu entorno.
A Marquise, o MAM e Nós no Meio, com curadoria de Ana Maria Maia e layout do coletivo de arquitetos Grupo Inteiro, conta com ampla programação que se mistura com o já realizado Domingo MAM, em que o museu realiza atividades no Parque do Ibirapuera. “A história do prédio é interessante e coincide com a da marquise, um grande vão livre que convida as pessoas para atividades esportivas, culturais, políticas”, analisa Maia, que já havia estudado a história do local para um panorama do MAM em 2013. O edifício sediou, em 1955, um museu de cera e, em 1956, foi transformado num rinque de patinação.
As obras do acervo selecionadas remetem à vizinhança ao redor. Além disso, são propostas performances e parcerias para diminuir os limites do prédio, em seis domingos ao longo da duração da exposição, que vai até 19 de agosto. No primeiro, por exemplo, em 27 de maio, o artista Guilherme Peters fará a sua performance Bail 4. Nela, uma parede de gesso, dentro do museu, será amarrada ao seu corpo. Com um skate, do lado de fora, ele vai se impulsionar e puxar a corda, que fará a parede quebrar e abrir uma porta. No mesmo domingo, o coletivo de dança Bey Hive, de fãs da cantora Beyoncé, vai levar para dentro do museu a mesma prática de coreografia que já faz semanalmente do lado de fora, na marquise. “Os artistas convidados se interessaram em registrar o deslocamento. Começa lá fora e termina aqui, ou vice-versa.” Nos créditos, a organização não diferenciou artistas do museu do “nós do meio”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.