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Dinheiro na política

A partir de 7 de junho eu e os diretores Heleno, Lula e Ricardo nos afastamos dos nossos cargos no Sindicato. A lei determina o afastamento temporário do dirigente sindical que queira concorrer a cargos eletivos.


 


As candidaturas para as Câmaras de Guarulhos, Mairiporã e Itaquaquecetuba são certas. Já a minha, à Prefeitura guarulhense, está indefinida.


 


Infelizmente, por falta de uma reforma política séria, as campanhas viraram negócios milionários. Principalmente para os cargos no Executivo, a eleição é um jogo regado a dinheiro grosso.


 


Portanto, quando digo que minha candidatura ainda é incerta, estou dizendo que sem recursos não entrarei na disputa, embora o meu partido, o PDT, entenda ser necessário lançar candidato próprio nas cidades maiores.


 


Para que a política não seja um clube fechado da elite, é urgente a reforma que garanta financiamento público e afaste a ingerência do poder econômico. Ou do crime organizado, como no caso do contraventores que hoje dominam o País.


 


Mudanças – Nos anos 80, militei no Partido Comunista Brasileiro: eu queria um mundo melhor, mais justo e fraterno. Hoje, continuo querendo o mesmo: um mundo melhor, justo e fraterno. E uma das formas de se conseguir isso é por meio de mandato e poder político.


 


Todo cidadão tem o direito de fazer política. Mas a classe dominante encarece as campanhas e impõe uma barreira econômica real.


 


Por isso, a reforma das reformas é a política. E tem que ser pra ontem. Mesmo assim, vou lutar até dia 24 de junho, data da Convenção do partido, para viabilizar minha candidatura.


 


José Pereira dos Santos


Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e Região


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