A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) promete apresentar o projeto do Expresso Guarulhos no próximo dia 5, ou seja, às vésperas das eleições. Coincidência ou não, o fato é de que a chegada do trem na cidade, prevista para 2014, ainda é uma grande incógnita. Isso porque, o que se discute, é o pouco tempo para que a obra seja concluída.
A previsão do governo do Estado é de iniciar a licitação das obras até o final deste ano. Caso não haja nenhum entrave jurídico, o que não é incomum em projetos dessa natureza, as obras podem ter início em janeiro de 2013, restando 18 meses para que ela efetivamente seja concluída.
A pergunta que não quer calar é se o prazo para implantar a linha férrea é suficiente. Serão cerca de 12 quilômetros de trilhos, saindo da estação Engenheiro Goulart, na Linha 12 (Brás-Calmon Viana), em direção a Guarulhos, com duas novas estações: Guarulhos-Cecap e Aeroporto Internacional de Guarulhos, além da reconstrução de Engenheiro Goulart, ponto de transferência entre as linhas 12 e 13.
Alem, disso, um outro complicador, é o fato de a obra ter uma parte elevada sobre o parque ecológico do Tietê. O trecho foi definido após estudos ambientais, todos entregues e concluídos em 2012. O projeto, estimado em R$ 1,2 bilhão, incluindo a aquisição de oito trens, é de suma importância para a população de Guarulhos e para o próprio sucesso da Copa do Mundo no país.
Caso o trem expresso não seja concluído, pode ser um verdadeiro tiro no pé dado pelo próprio governo do PSDB. A própria continuidade do partido no comando do Estado mais rico da União ficaria ameaçada.
Uma das principais promessas feitas pelo então candidato Geraldo Alckmin (PSDB) quando veio a Guarulhos durante a campanha eleitoral de 2010 foi a de viabilizar a vinda de uma linha férrea para o município, depois de vários projetos que já foram anunciados mas nunca implantados. Agora, o que o guarulhense espera, é que efetivamente a promessa se concretize.