O Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio assegurou nesta sexta-feira que as pessoas que moram no Japão e compraram ingressos para o evento, adiado para 2021, terão o reembolso garantido dos valores pagos.
Os fãs no Japão que já sabem que não podem usar seus ingressos no próximo ano na Olimpíada podem obter seu dinheiro de volta solicitando reembolso online durante o período de 10 a 30 de novembro. O período para quem comprou entradas dos Jogos Paralímpicos vai de 1º a 21 de dezembro.
É um cenário diferente aos torcedores de fora do país que compraram sua entradas através dos revendedores autorizados de ingressos indicados pelos comitês olímpicos nacionais. Muitos deles já definiram os termos do reembolso, mas eles variam de acordo com o país.
Os organizadores também explicaram que os reembolsos serão feitos se o número de espectadores for limitado nas competições por causa da pandemia da covid-19, algo que ainda está incerto. "Como organizadores, existe a possibilidade de não termos condições de fornecer aos espectadores oportunidades para uma parte dos detentores de ingressos", afirmou o porta-voz de Tóquio-2020, Masa Takaya. "Nesse caso, forneceremos um reembolso."
A venda dos ingressos estava orçada como terceira maior receita da Olimpíada, em US$ 800 milhões (aproximadamente R$ 4,62 bilhões). Os organizadores dizem que 4,48 milhões de ingressos para a Olimpíada foram vendidos no Japão e outros 970 mil para os Jogos Paralímpicos. Um total de 7,8 milhões de ingressos haviam sido colocados à venda.
A situação dos ingressos, assim como de outros temas envolvendo a Olimpíada, está incerta. Os organizadores e o Comitê Olímpico Internacional agendaram o começo dos Jogos de Tóquio para 23 de julho de 2021. Mas há poucos detalhes até agora sobre como exatamente ocorrerá o evento, se haverá uma vacina até lá ou se será necessária a realização de uma quarentena.
O Japão tem estado relativamente seguro na pandemia, com cerca de 1.750 mortes atribuídas ao coronavírus. Mas as condições em outros países não são tão boas. E a grande questão envolve como permitir que 15.400 atletas olímpicos e paralímpicos, dirigentes, árbitros, patrocinadores e profissionais de mídia estejam no Japão para o evento.