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Dia D busca a forma política de Drummond

O Dia D, data criada em 2011 pelo Instituto Moreira Salles para celebrar a data de nascimento de Carlos Drummond de Andrade (31 de outubro), começa a ganhar desdobramentos, pelo menos em São Paulo. Além dos eventos anuais do IMS, a editora Companhia das Letras e o Sesc Pompeia também promovem programação sobre o autor nesta quarta-feira, 31, dia em que se comemoram 116 anos do nascimento do poeta.

No IMS Paulista, às 19h30, o professor de literatura brasileira da USP Fabio Cesar Alves dará uma palestra sobre o profundo envolvimento político de Drummond e sobre como alguns de seus poemas formaram uma base para o poeta conceber uma luta política contra “o mundo caduco, e como isso se traduziu formalmente em suas composições”.

Às 20h30, na Comedoria do Sesc Pompeia, José Miguel Wisnik recebe Nuno Ramos e os músicos Arrigo Barnabé e Kristoff Silva para um papo multimídia sobre a obra do poeta, com leituras, vídeos e canções.

Wisnik é o autor do recém lançado Maquinação do Mundo: Drummond e a Mineração, no qual identifica que a atividade mineradora da região de Itabira, teve influência na formação do poeta. No livro, o autor revê a produção de Drummond e destaca nelas traços que reforçam sua atualidade.
No Rio de Janeiro, a sede carioca do IMS apresenta, às 20h, o espetáculo Cabaré Modernista para Carlos Drummond de Andrade. Com roteiro e direção de Eucanaã Ferraz, direção musical de Bruno Cosentino, e participação das cantoras Lívia Nestrovski e Numa Ciro, a montagem traz poemas de Drummond em diálogo com canções de Noel Rosa, Caetano Veloso, Belchior e Milton Nascimento.

Em Poços de Caldas, o IMS também promove um evento sobre o livro D. Quixote: Cervantes, Portinari, Drummond (1973). A obra contém 21 desenhos a lápis de cor de Candido Portinari e 21 poemas de Carlos Drummond de Andrade, que ilustram o percurso do herói do romance de Cervantes.
Todos os eventos são gratuitos e requerem a retirada de ingresso uma hora antes do início.

Foi Drummond quem disse, em um poema de 1945, quando viu uma flor nascer na rua: “É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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