O glossário dos fãs de K-pop é bem específico. Eles se referem aos integrantes dos grupos como idols. Quando lança o 1.º clipe, o grupo não estreia: debuta. Aliás, não é clipe que se fala, mas, sim, MV (music video). Essa pequena aula foi dada por três fãs brasileiros, na Av. Paulista, num domingo, após um evento de dança de K-pop. As estudantes Caroline Umezaki, de 19 anos, e Sayuri Hioki, de 17, fazem parte do grupo cover de K-pop Black Energy. As sete integrantes do grupo costumam ensaiar as coreografias no Centro Cultural São Paulo, assim como outros grupos covers. “Passou de um estilo musical para um estilo de vida. Comecei a dançar, instiga a gente a conhecer outras culturas, línguas”, diz Sayuri, que descobriu K-pop aos 10 anos. Caroline conheceu aos 11. A faixa etária dos fãs abrange, em média, dos 10 aos 15 anos. Mas Caroline e Sayuri levaram essa paixão adiante. O estudante Dallson Freitas, de 21, também. “Não via diferença entre o pop no Brasil e nos EUA”, diz Dallson, até ele descobrir o K-pop. Hoje, faz parte de quatro grupos covers.
Fundador da K.O. Entertainment, Lucas Jötten transformou a admiração pelo K-pop em negócios. A empresa dele, baseada em São Paulo, desenvolve eventos focados em cultura coreana e K-pop, além de produzir os grupos de B-pop High Hill (cuja música Não Sou Obrigada está na trilha da novela As Aventuras de Poliana, do SBT) e EVE, que se inspiram no K-pop. Para Lucas, essa onda coreana pelo mundo é significativa. “Entrar no mercado americano é uma vitória para o artista não americano.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.