O dólar está volátil e voltou a subir no mercado à vista, após recuar pontualmente. Lá fora, os mercados pioraram na manhã desta terça-feira, 31, depois que os dados de PMIs chineses sinalizaram a recuperação da atividade econômica do país e deram impulso às bolsas e ao petróleo mais cedo. A volatilidade no câmbio reflete ainda a disputa técnica em torno da taxa Ptax, a última de março e que será usada na quarta-feira para ajustes dos contratos cambiais e de balanços corporativos de fim de mês e de trimestre.
Pouco antes do fechamento deste texto, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou programa de recompras de títulos com bancos centrais estrangeiros e o dólar reduziu seus ganhos ante outras moedas fortes no exterior..
Investidores seguem atentos ao crescimento dos casos de coronavírus no País e no mundo, enquanto monitoram também os ruídos políticos locais.
Os ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, da economia, Paulo Guedes, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que defendem o distanciamento social, explicitam o isolamento no governo do presidente Jair Bolsonaro, que é contra a quarentena adotada por estados e municípios no País.
O Broadcast/Estadão apurou que Bolsonaro reclamou a interlocutores no fim de semana que Moro é "egoísta" e não está atuando para defender as suas posições no enfrentamento às medidas restritivas dos Estados e municípios e que está desassistido juridicamente.
Às 9h51, o dólar à vista voltava a subir 0,30%, a R$ 5,1963, ante máxima mais cedo a R$ 5,2028 (+0,43%). O dólar para maio oscila perto da estabilidade, após cair a R$ 5,2045 (-0,38%, a R$ 5,1835, ante máxima em R$ 5,2120 (+0,17%).
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,4% e 12,2%, com mediana de 11,6%. Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,4%. No trimestre até janeiro, a taxa foi de 11,2%.