O inverno chega em mais ou menos sete semanas e vai ser arrasador. O Rei da Noite e seu dragão zumbi querem a morte do herói Jon Snow e, de quebra, o controle dos Sete Reinos a partir de Winterfell. Não que eles tenham muito interesse nessa coisa de vida burguesa, castelos aquecidos, vinho e comida boa. O exército dos mortos-vivos vai encarar a resistência de uma força notável, única na saga de gelo e fogo de George R. R. Martin.
A inspiração inicial da trama é a Guerra das Rosas, conflito que durou 30 anos, de 1455 a 1485, na disputa pelo trono da Inglaterra e levou ao poder a Casa de Lancaster (os Lanister de GoT?) abrindo caminho para a dinastia Tudor. Acaba aí o tênue laço com a realidade. Não é possível acreditar que em algum momento do passado o mundo tenha sido dividido por uma gigantesca muralha congelada de 200 metros de altura.
O segredo que faz dessa fantasia um prato irresistível é a solidez dos personagens: canalhas, heroicos, mesquinhos, sensuais, dementes, geniais, fascinantes.
Os autores e diretores David Benioff e D. B. Weiss fizeram aposta arriscada ao recriar com extremo cuidado batalhas medievais. Dedicaram o trabalho de grandes equipes por muito tempo na pesquisa de documentos, relatos, análises de tapeçarias, pinturas e mapas medievais. Deu certo. E vem mais. A Batalha de Winterfell da 8ª temporada, demorou 55 dias para ser gravada. O número de envolvidos nas cenas bateu na faixa dos milhares. Claro, poderiam ter sido multiplicados por computação gráfica, mas… que graça tem isso?
Enfim, é o fim. Há vários palpites. Um deles sustenta que a disputa pelo Trono de Ferro será uma guerra entre mulheres – Daenerys, Sansa, Cersey, Arya… Outro acredita na morte de personagens populares, como Tyrion e Jaime Lannister ou mesmo Jon Snow. Não importa. O que conta é que, depois de oito anos, tudo mudou. Maisie Williams (Arya), tinha 11 anos quando a série estreou – hoje, tem 21. De fato, o inverno está chegando.