A receita líquida do setor fabricante de máquinas e equipamentos no primeiro bimestre fechou em R$ 17,9 bilhões. O resultado é 1,7% inferior aos R$ 18,2 bilhões apurados nos primeiros dois meses de 2019, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
As vendas internas somaram R$ 6,8 bilhões em fevereiro de 2020, mostrando encolhimento de 6,1% em relação a fevereiro de 2019. No bimestre o setor registrou recuo de 2%.
A desaceleração das receitas no mercado doméstico neste primeiro bimestre refletiu o esmorecimento da atividade econômica brasileira no 4º trimestre do ano passado, de acordo com a Abimaq.
Após quatro meses consecutivos de quedas, as exportações de máquinas e equipamentos apresentaram recuperação em fevereiro, de 8,8%, e chegou a US$ 755 milhões. Todavia, mesmo com esta alta, ainda não foi possível reverter o tombo de janeiro, de 26,6%.
No primeiro bimestre do ano o setor acumulou queda de 9,6% nas exportações, quando comparado aos dois primeiros meses de 2019.
"Ainda que o câmbio desvalorizado tenha colaborado na melhora das receitas, o setor ainda está aquém do potencial histórico de vendas ao exterior, que foi de US$ 900 milhões", diz a direção da Abimaq.
Em grande medida, segundo a entidade, o comércio internacional ainda sente o impacto da desaceleração das principais economias mundiais, e o setor de máquinas readapta-se, diante do enfraquecimento de importantes clientes.