Os principais estudiosos da obra de Euclides da Cunha (1866-1909) se reúnem a partir desta segunda-feira, 3, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (Rua Dr. Plínio Barreto, 285), para uma série de encontros acerca do clássico Os Sertões e das outras obras e estudos do autor, homenageado pela Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) em julho.
Parceria entre o Sesc e a Flip, o ciclo será realizado até o dia 26, sempre às segundas e quartas (no dia 19 não tem aula), das 19h30 às 21h30. A inscrição custa R$ 50 e o último encontro será no Teatro Oficina, com uma conversa entre Joaquim Marçal Ferreira e Dorrit Harazim sobre fotografia de guerra e um pocket show de Karina Buhr com a participação de Zé Celso Martinez Corrêa.
Apesar de a Flip ter algumas mesas dedicadas ao autor homenageado, não é possível, ao longo dos cinco dias do festival – que recebe outros escritores que não têm relação alguma com Euclides -, focar completamente na obra do homenageado.
“A ideia deste ciclo antes da Flip é discutir pontos importantes na obra de Euclides da Cunha de forma mais profunda com especialistas em Euclides e em pontos relacionados à obra dele”, conta Fernanda Diamant, curadora do festival literário e que divide a organização desta série com Walnice Nogueira Galvão.
Temas como religiosidade, ciência, Amazônia e determinismo serão discutidos no Sesc por nomes como Francisco Foot Hardman, Milton Hatoum, Pedro Lima Vasconcellos, Edwin Reesink, Lilia Schwarcz, Fabiana Moraes, Heloisa Starling, Jorge Henrique da Silva, Leopoldo Bernucci, José Carlos Barreto Santana e Nísia Trindade.
“Também queremos trazer essas questões para o presente, e entender como essas coisas chegam para a gente hoje”, completa Fernanda Diamant.
A 17.ª Flip será realizada de 10 a 14 de julho e os ingressos começam a ser vendidos hoje.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.