A atividade industrial reduziu o forte ritmo de crescimento registrado no início do ano. O faturamento da indústria caiu 0,6%, as horas trabalhadas na produção recuaram 0,3% e o nível de utilização da capacidade instalada diminuiu 0,2% em junho na comparação com maio, na série livre de influências sazonais. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais divulgada nesta quarta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Sem os efeitos da sazonalidade, o emprego na indústria cresceu 0,5% em junho frente ao mês anterior. Com clara tendência de crescimento, por doze meses, o emprego superou em 0,3% o nível alcançado antes de a crise financeira internacional reduzir a oferta de vagas nas empresas brasileiras. Em relação a junho de 2009, o emprego cresceu 6,6% e acumula uma alta de 4,3% no primeiro semestre em relação a igual período de 2009.
Se não fosse o aumento do emprego, os salários teriam recuado ainda mais do que os 0,6% registrado em junho sobre maio, na série de dados originais. Em comparação a junho de 2009, os salários aumentaram 7,6%, ritmo inferior aos 7,8% verificados em maio. No acumulado do primeiro semestre do ano, a massa salarial cresceu 5,2% em relação ao mesmo período de 2009.
Os dados consolidados do primeiro semestre confirmam a recuperação da atividade industrial. O faturamento real cresceu 12% sobre os seis meses iniciais de 2009, as horas trabalhadas na produção aumentaram 7,7% e o nível de utilização da capacidade instalada teve expansão de 3,1%, informa a CNI.
