O otimismo do brasileiro aumentou 1,8% em julho ante junho deste ano, no terceiro mês consecutivo de alta nas expectativas da população. A informação é do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira. O índice tem base fixa 100. Acima desse valor, a expectativa é positiva.
O Inec de julho registrou 116,8 pontos, acima da média histórica de 108,9 pontos. Esse é o segundo maior índice da série histórica, iniciada em 2001. Foi inferior apenas ao número registrado em dezembro de 2009, quando atingiu 117,2 pontos. "Naquela época, dois fatores contribuíram para o índice ser o maior da série: as expectativas em relação ao novo ano e também a visão dos consumidores de que a crise financeira mundial, iniciada em 2008, havia sido superada", explica o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Dos seis indicadores analisados (expectativa de inflação, de desemprego, de renda pessoal, situação financeira, endividamento e compra de bens de maior valor), o de expectativa de desemprego foi o que apresentou elevação mais expressiva em relação ao mês anterior. O índice aumentou 4,4% na comparação com junho e ficou em 132,5 pontos. Isso significa que a maior parte dos brasileiros acredita que haverá redução no desemprego.
Outro destaque da pesquisa é o indicador de endividamento das famílias, que cresceu 3,1% em julho ante junho. Com esse crescimento, o índice atingiu o maior valor da série histórica, sinalizando que o endividamento é o menor para o consumidor desde 2001.
Os consumidores também acreditam que não haverá aumento na inflação. O indicador teve aumento de 1,3% em relação a junho. O otimismo em relação à renda pessoal cresceu 2,9% e à situação financeira, 0,8%. Apenas o índice de compras de bens de maior valor recuou 0,5% no período, registrando 111,1 pontos.
O Inec é uma pesquisa mensal elaborada pela CNI e realizada pelo Ibope Inteligência. Foram ouvidas 2.002 pessoas entre 23 e 27 de julho.