O otimismo dos brasileiros cresceu 2,1% em agosto em relação a julho e é o mais elevado desde 2001. A informação é do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira, 2. O índice tem base fixa 100. Acima desse valor, a expectativa é positiva.
O INEC atingiu 119,3 pontos em agosto ante 116,8 pontos em julho. O segundo maior valor registrado desde o começo da série histórica, iniciada em 2001, foi em dezembro de 2009, quando registrou 117,2 pontos.
O otimismo dos consumidores em agosto foi puxado, principalmente, pelas expectativas em relação à queda do desemprego e da inflação. O indicador de evolução do desemprego nos próximos seis meses aumentou 8,6% em agosto na comparação com julho e atingiu o maior valor da série histórica. Nessa pesquisa, o crescimento do indicador mostra a queda do desemprego e o aumento do emprego com carteira assinada.
Em relação à evolução da inflação, o otimismo dos consumidores cresceu 8% ante julho. Isso indica que aumentou o número de pessoas que esperam a queda da inflação. Esse foi o quarto mês consecutivo de elevação do indicador, que acumula crescimento de 12,6% no período.
Segundo a pesquisa, as expectativas sobre a situação financeira cresceu 0,7% e sobre as compras de bens de maior valor tiveram aumento de 0,8% de julho para agosto. Esses aumentos indicam estabilidade. O otimismo em elação à evolução da própria renda e ao
endividamento registraram queda de 1% no período. Isso indica que caiu o número de consumidores que reduziram as dívidas e esperam um aumento nos rendimentos.