Economia

Guarulhenses deixam compras das mães para última hora

Comércio atribui baixo movimento à proximidade com a Páscoa; aumento nas vendas deve ficar em 4%

As mães guarulhenses correm o risco de não ganharem presentes no domingo. Até esta sexta-feira o movimento no comércio da cidade era considerado abaixo da expectativa dos lojistas para o período que antecede o Dia das Mães. No calçadão da Dom Pedro II, no Centro, principal pólo de compras, poucas pessoas circulavam com pacotes de presentes.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Guarulhos, Jorge Taiar, diz que o movimento é atípico. Ele afirma que o feriado da Páscoa, que aconteceu apenas há duas semanas, pode ter atrapalhado o comércio neste momento. "A expectativa era de crescimento de até 7%. Muita gente deixou as compras para última hora".

Dados da Associação Comercial de São Paulo mostram um crescimento no comércio de 7,4% em abril, em comparação ao mesmo período do ano passado. O aumento médio para o mês gira em torno de 4%. Na opinião de Taiar, a população pode ter adiantado as compras em abril, o que justificaria a baixa em maio.

O gerente do Lojão do Brás, Danilo Bessa Silva, explica que os artigos mais vendidos na semana foram blusas, casacos e jaquetas. Ele espera que a movimentação de clientes seja maior neste sábado. "A diferença de vendas é pouca até o momento do que nos dias comuns", afirma.

Já a Twig abrirá no domingo para atender os consumidores que não conseguiram comprar presentes. "Foi terrível a semana até agora. Vamos tentar fazer a diferença no final de semana", conta a gerente da loja, Eurenice da Silva.

Mães vão com os filhos para escolher presentes no Centro

Apesar da pouca movimentação no Centro, na sexta-feira era possível ver algumas poucas mães e filhos fazendo compras. A aposentada Odete de Sousa Silva, 64 anos, e a filha, a analista de vendas Edileusa Barbosa da Silva, 44, por exemplo, passaram o dia juntas escolhendo presentes. "Foi maravilhoso. Chegamos às 10h e estamos até agora (15h). Fomos em 12 lojas, compramos em três e almoçamos por aqui", explicou Edileusa.

Odete diz que todos os anos sai com a filha para comprar os presentes para não ter o perigo de não gostar. "Comprei uma sandália, um sapato e um sobretudo para ela. Fazemos isso desde que comecei a trabalhar", explicou Edileusa.

A dona de casa Andréia Cristina Santos, 35, andava pelas ruas do Centro com a filha Laisa Minely dos Santos, 9, e buscava o próprio presente. "Tem que comprar para mãe, sogra, não tem jeito. Sempre viemos juntas", diz. A garota ainda não sabia o que compraria com a mãe.

Para quem não levou a mãe junto, a opção foi perguntar o que elas queriam ganhar. A promotora de vendas, Mirtes Sueli de Oliveira, 35, comprou um perfume para a mãe. "Somos em cinco irmãos. Ela me pediu e comprei", conta. A desempregada Karen Parreira, 17, comprou um secador de cabelos para a mãe. "Ela é muito vaidosa e precisava. Fiz a pesquisa em meia hora e comprei", diz.

Posso ajudar?