O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), confirmou que a sessão do Congresso Nacional para analisar vetos do presidente Jair Bolsonaro ficou para o próximo dia 30, conforme o <b>Broadcast Político</b>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, havia antecipado. Anteriormente, a votação estava prevista para esta quarta-feira, 16.
Alcolumbre adia há mais de um mês a reunião de deputados e senadores destinada a analisar vetos polêmicos, entre eles a desoneração da folha salarial para 2021, o novo marco do saneamento básico e o pacote anticrime. Na prática, o governo ganha mais tempo para negociar com os parlamentares. Na mesma sessão, os congressistas poderão votar projetos de lei orçamentários. A pauta, porém, ainda não foi definida.
O clima tenso entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, acabou respingando na agenda do Congresso. Para parlamentares, o governo tenta adiar a sessão para evitar uma derrota agora enquanto ruídos acontecem. Além disso, o calendário das convenções partidárias para as eleições municipais também interferiu no cronograma.
"Não tem acordo nenhum e vão empurrando com a barriga. Isso mostra o desarranjo na Economia e o desconforto com Paulo Guedes", afirmou o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), que pressiona pela derrubada do veto à desoneração da folha. O benefício garante pagamento de impostos menores para empresas de 17 setores da economia até 2021. A equipe econômica é a favor da manutenção do veto. Governistas, porém, já admitem derrota.
Na próxima semana, o Senado irá realizar um mutirão de sabatinas e votações secretas para analisar indicações de Bolsonaro a embaixadas. Além disso, também haverá votação de indicações para o Superior Tribunal Militar (STM). De acordo com nota da assessoria de Alcolumbre, esse é o motivo para a sessão do Congresso não ocorrer na próxima semana.