O faturamento das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas apresentou queda de 6,9% em maio na comparação com igual mês do ano passado, revela pesquisa de conjuntura Indicadores Sebrae-SP, divulgada nesta quarta-feira, 16. Segundo a instituição, o recuo foi influenciado principalmente pelo fraco desempenho do comércio – setor que apresentou pior recuo de faturamento no período (16,1%). Para os próximos seis meses, a maioria dos empreendedores ouvidos aguarda “estabilidade” quanto ao faturamento de suas empresas.
O setor de indústria de transformação aparece logo após o comércio, com recuo de 2% no faturamento. Serviços foi o segmento que apresentou melhor desempenho, com variação positiva de 3,5% no índice. “Os resultados foram influenciados pela desaceleração no consumo, um reflexo do enfraquecimento da atividade econômica, e também em virtude da queda da confiança dos consumidores, o que afeta o consumo das famílias”, afirma o diretor técnico do Sebrae-SP, Ivan Hussni.
Por região, o pior resultado do faturamento foi no Grande ABC, que registrou queda de 28,5% na comparação de maio deste ano e o mesmo mês de 2013. O Sebrae-SP atribui o resultado mais fraco na região aos bons resultados de maio do ano passado. Em seguida, aparece a Região Metropolitana de São Paulo, com queda de 10,4%, seguida por recuo de 3,4% no interior e variação negativa de 2,3% na capital paulista.
A pesquisa revela que, no acumulado de janeiro a maio ante o mesmo período do ano passado, as MPEs apresentaram ligeira queda de 0,4% no total de pessoal ocupado. Já o rendimento real dos empregados dessas empresas não teve variação (0%, já descontada a inflação), enquanto que a folha de salários paga pelos pequenos empreendimentos teve aumento de 0,8%. Ainda segundo a pesquisa, a receita real (descontada a inflação) teve aumento 1,4% no período.
Para os próximos seis meses, 61% dos 2.716 micro e pequenos empresários ouvidos pela pesquisa durante o mês de junho aguardam “estabilidade” quanto ao faturamento de suas empresas. Questionados sobre a evolução da economia brasileira, 49% dos proprietários disseram esperar a manutenção do nível de atividade econômica até o final do ano. O Sebrae informa que os dados reais apresentados na pesquisa foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).