A Ambev reforçou, nesta quinta-feira, 31, sua estimativa de que os investimentos no Brasil em 2014 devam ficar abaixo do patamar de R$ 2,8 bilhões de 2013. No início do ano, o plano era manter o volume de investimentos no mesmo patamar de 2013. A empresa, no entanto, anunciou no trimestre passado que o mais recente aumento de impostos sobre as bebidas frias fez a fabricante revisar seu plano de investimentos para este ano no Brasil. A empresa não menciona a cifra, mas diz que será menor do que o previsto inicialmente.
A empresa disse esperar que o crescimento de receita no Brasil fique no limite superior à meta já fornecida de entre um dígito alto e dois dígitos baixos de crescimento no ano. Em seu comentário de desempenho do segundo trimestre de 2014, a companhia afirma que essa expectativa mais otimista ocorre em razão do crescimento considerado forte no primeiro semestre do ano. A receita líquida consolidada da Ambev cresceu 11,8% no primeiro semestre de 2014 na comparação com igual período do ano anterior, chegando a R$ 17,222 bilhões.
A companhia também reiterou esperar despesas gerais e administrativas no Brasil crescendo entre um dígito alto e dois dígitos baixos no ano. Avalia que o crescimento das despesas com vendas e marketing será de dois dígitos, em linha com os investimentos relacionados à Copa, e que crescimento das despesas de distribuição seja de dois dígitos, já que continua a aumentar o peso da distribuição direta. Espera, ainda, crescimento das despesas administrativas abaixo da inflação.
Copa
A fabricante de bebidas destacou a relevância da Copa do Mundo para a venda de cerveja. O evento, diz a Ambev, contribuiu com aproximadamente 1,4 milhão de hectolitros adicionais ao volume de cerveja, acima das estimativas iniciais da empresa de 4 vezes o impacto de 300 mil hectolitros da Copa das Confederações. Apenas no Brasil, a companhia estimou um benefício de volume adicional relacionado à Copa de aproximadamente 1,1 milhão de hectolitros no segundo trimestre.
As operações brasileiras da Ambev registraram um avanço de 7,6% no volume de bebidas vendido abril e junho de 2014, passando para 27,483 milhões de hectolitros ante volume de 25,536 milhões em igual período do ano passado. A Ambev considerou que o crescimento foi beneficiado por uma base de comparação mais baixa no ano anterior e uma boa execução durante o verão.
Com o crescimento das vendas, a receita líquida consolidada oriunda do Brasil expandiu 11,3% no período, somando R$ 5,258 bilhões contra R$ 4,724 bilhões em igual período do ano passado. O aumento verificado na receita líquida por hectolitro (ROL/hl) foi de 3,4%, para R$ 191,3 ante R$ 185 na mesma base de comparação.
Já o Custo do Produto Vendido (CPV) no Brasil teve alta de 20,8%, totalizando R$ 1,898 bilhão no segundo trimestre, enquanto o CPV por hectolitro (CPV/hl) subiu 12,3% de abril a junho, para R$ 69,1. As despesas gerais e administrativas consolidadas das operações na Brasil cresceram 6%, para R$ 1,737 bilhão.
